Em ano de COP30 e com os diversos setores da economia aquecidos, o Produto Interno Bruto (PIB) paraense deve crescer acima da média nacional. A avaliação é da Tendências Consultoria, que prevê que o PIB brasileiro terá um aumento de 2% neste ano, enquanto que no Pará a alta será de 3,5%. Esse é o terceiro melhor desempenho entre todos os estados do país.
A Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa), ligada ao governo do estado, também projeta um crescimento no mesmo ritmo, com alta de 3,3%. Segundo o estudo, isso é reflexo de investimentos estratégicos em áreas como melhorias na infraestrutura logística, bioeconomia, energia renovável e o fortalecimento das cadeias produtivas do agronegócio, comércio exterior e turismo.
“O nosso estado vem se destacando cada vez mais não só no crescimento das suas vocações naturais, que são o agronegócio, a mineração e os serviços, mas também nos serviços ecossistêmicos, no crédito de carbono, que são cadeias produtivas que vem cada dia mais se consolidando, nosso estado ganhando espaço, a bioeconomia”, afirmou o presidente da Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa), Marcel Botelho, em entrevista ao Diário do Pará.
Diversificação de atividade econômica
Atualmente, o Pará responde por 41,1% do PIB regional e, segundo analistas, essa importância se deve à diversificação da atividade econômica, que favorece a geração de renda. Aliado a isso, o estado também se beneficia do bom momento impulsionado pela realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30).
Para a economista Renata Novaes, o evento vai deixar um impacto positivo porque aumenta a visibilidade do estado no cenário internacional e abre portas para novos investimentos em energia limpa, agricultura sustentável e ecoturismo.
“Atrai investimentos, especialmente em infraestrutura. Já contamos com mais de 4 bilhões em investimentos na infraestrutura viária, para melhorias na rede hoteleira e locais turísticos, o que gera empregos e movimenta a economia. A bioeconomia também ganha força, estimulando negócios sustentáveis e novas oportunidades para a região”, destaca a economista.