Produtores rurais, autoridades e representantes de cadeias produtivas do agronegócio participaram em Belém do II Seminário Nacional sobre Insumos Agropecuários (SENAGRI 2025). O evento reuniu, na semana passada, mais de 500 participantes que mostraram o porquê da região amazônica ser hoje protagonista nas discussões sobre sustentabilidade, bioinsumos e inovação no campo.
Foram mais de 60 palestras, três encontros nacionais e debates em torno de 17 eixos temáticos realizados ao longo de três dias. Entre os principais temas em pauta estavam sanidade agropecuária, desenvolvimento rural sustentável e educação sanitária.
“Sem educação, não há como implementar medidas sanitárias eficazes. O problema não está no escritório — está na lavoura, no rebanho. E a mudança começa dentro das famílias, inclusive pelas crianças, que muitas vezes são agentes de transformação nas propriedades”, afirmou o médico veterinário Clóvis Improta, que foi um dos palestrantes que salientou a necessidade de diálogo entre técnicos e os produtores rurais para garantir a prevenção de pragas e doenças no campo.
A realização do SENAGRI também foi uma oportunidade para demonstrar como o setor agropecuário pode desenvolver estratégias para a proteção do meio ambiente e como o estado que será a sede da COP30 em novembro vem adotando essas tecnologias. Entre elas está o uso de bioinsumos, uma alternativa aos agrotóxicos que ajuda a manter a segurança das lavouras sem poluição ou agentes químicos.
“O SENAGRI cumpriu seu papel de valorizar o potencial agropecuário da Amazônia e fortalecer o intercâmbio técnico entre os estados. O evento promoveu uma troca rica de experiências entre os setores público e privado, reafirmando a importância do diálogo e da cooperação para o avanço sustentável do agro na região”, destacou Jamir Macedo, diretor-geral da ADEPARÁ.