A Amazônia registrou uma redução significativa de 75,4% nas áreas queimadas no primeiro semestre de 2025, em comparação ao mesmo período de 2024. Isso significa que, de mais de 1 milhão de hectares queimados no ano passado, o bioma passou a 247,9 mil hectares comprometidos pelo fogo nos seis primeiros meses deste ano. Na mesma linha, os focos de calor na Amazônia diminuíram 61,7%, somando 5.169 focos contra 13.489 registrados em 2024.
Em um cenário nacional igualmente positivo, o Brasil como um todo saiu de 3,1 milhões de hectares queimados no primeiro semestre de 2024 para cerca de 1 milhão de hectares nos primeiros seis meses de 2025, representando uma queda de 65,8% nas áreas afetadas pelo fogo. Os dados, divulgados pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) nesta quarta-feira (2 de julho), são do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (Lasa) da UFRJ e do Sistema BDQueimadas do Inpe.
Como o Pará Terra Boa divulgou na quarta-feira, a análise do Inpe também aponta uma diminuição de 46,4% no número de focos de calor em nível nacional, com 19.277 focos identificados de janeiro a junho de 2025, o menor dado já alcançado desde 2018 para esse período. No primeiro semestre de 2024, foram mapeados 35.938 focos de calor no país.
A queda nas áreas queimadas e nos focos de calor foi identificada em quatro dos seis biomas brasileiros.
Essa expressiva diminuição nas áreas queimadas e nos focos de calor, tanto na Amazônia quanto no restante do Brasil, é resultado de uma combinação de fatores. Por um lado, as condições de seca e os riscos de incêndios foram menos severos em 2025 em comparação com as situações atípicas de 2023 e 2024. Por outro, um conjunto robusto de esforços adotado pelo governo federal em parceria com os estados tem sido crucial para enfrentar os incêndios.
O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima destaca que a intensificação dos incêndios florestais é um dos impactos diretos da mudança do clima, com temperaturas mais elevadas e períodos de seca prolongados tornando a vegetação mais vulnerável. Por isso, a prevenção e o combate ao fogo são prioridades absolutas do governo.