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Home»ECONOMIA»COP26: ‘A cada R$ 1 colocado pelo Estado, produtor investe R$ 7 na agricultura de baixo carbono’
ECONOMIA 9 de novembro de 2021

COP26: ‘A cada R$ 1 colocado pelo Estado, produtor investe R$ 7 na agricultura de baixo carbono’

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Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
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Na segunda-feira, 8/11, os painéis do Pavilhão Brasileiro na 26ª edição da Conferência do Clima da ONU (COP26) debateram temas sobre a agropecuária sustentável, como a sustentabilidade na pecuária e na agricultura, energia alternativa, efeito poupa-terra e rastreabilidade nas cadeias produtivas. A programação contou com apresentações híbridas, feitas a partir do estande de Glasgow (Escócia), sede da COP26, e do espaço montado em Brasília, com transmissão pelo canal do Ministério do Meio Ambiente no YouTube.

Participaram dos debates representantes do Mapa, Embrapa, assistência técnica e das diversas cadeias produtivas do agronegócio.

Veja abaixo alguns destaques:

Pecuária Sustentável

No primeiro painel do dia, foram apresentados dados que mostram o investimento do pecuarista brasileiro na criação sustentável de animais. De acordo com o vice-presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Muni Lourenço, os produtores rurais já contrataram mais de R$ 20 bilhões, desde 2013/2014, por meio do Programa ABC (que faz parte do Plano Safra), para investimento em práticas agrícolas de baixo carbono.

“A cada R$ 1 colocado pelo Estado, o produtor investe R$ 7 na agricultura de baixo carbono”, destacou Lourenço.

A diretora do Departamento de Produção Sustentável e Irrigação, Mariane Crespolini, ressaltou que o “produtor precisa apenas dos incentivos corretos, como assistência técnica”. Prova disto, segundo a diretora, é que o Plano ABC alcançou a marca de implantação de técnicas de baixa emissão de carbono em 52 milhões de hectares em dez anos, sendo 27 milhões de recuperação de pastagens degradadas.

O professor e matemático da Universidade de Edimburgo, Rafael Silva, apresentou artigo com a tese de que a demanda por carne bovina contribui para a menor emissão de gases de efeito estufa. De acordo com o pesquisador, se a demanda por carne bovina crescer 30% em 2030, as emissões de gases de efeito estufa devem ser 10% menores em razão do sequestro de carbono. Desta forma, com maior demanda, o produtor investe no pasto. Com mais pasto, cresce o sequestro de carbono, conforme Rafael Silva. Mas, para isso, é preciso que haja um controle eficiente do desmatamento e consequente recuperação do solo.

“As pastagens sequestram muito carbono estável, que fica embaixo do solo. A parte aérea [do carbono] é consumida pelos animais. A maioria dos estudos não consideram esse carbono [no solo] por dificuldade do cálculo matemático dos modelos. No Brasil, é importante por causa das pastagens. Em outros sistemas produtivos, baseados no confinamento, não têm esse benefício. (…) Se a demanda for mais baixa, vai ter menos animais, menos metano, no entanto, vai haver uma redução do estoque de carbono no solo. Se, ao contrário disso, temos uma demanda mais alta com controle eficiente do desmatamento, embora aumente as emissões de metano, haverá uma compensação pelo sequestro de carbono, porque a recuperação de pastagens aumenta significativamente as taxas de sequestro de carbono”, explicou. O artigo, em parceria com a Embrapa, foi publicado no jornal científico Nature Climate Change.

O pesquisador da Embrapa e produtor rural, Abílio Pacheco, também participou do painel, apresentando resultados com a implantação do modelo Integração-Lavoura-Pecuária-Floresta em sua propriedade rural.

30% do algodão sustentável do mundo é brasileiro

O painel trouxe casos de sucesso de agricultura sustentável no Brasil. Um deles foi apresentado pelo consultor técnico da CNA e produtor rural, Ricardo Arioli. Em sua propriedade, Arioli adota práticas conservacionistas, como plantio direto, sistemas integrados e segunda safra.

“A segunda safra protege as florestas. Acabamos de plantar soja em outubro. Em janeiro e fevereiro, vamos colher a soja e plantar o milho. Plantamos o milho junto com o capim. Em maio e junho, colhemos o milho. De julho a outubro, colocamos o pasto, que é o boi safrinha. Temos uma terceira safra de produção de carnes”, explica o produtor rural, acrescentando em Mato Grosso, Estado onde produz soja, a produção da oleaginosa cresceu 213%, enquanto a área aumento 163% nos últimos anos.

Outro caso é na cadeia produtiva do algodão. Segundo o presidente da Associação Matogrossense dos Produtores de Algodão (AMPA), Paulo Sérgio Aguiar, apenas 23 países têm a Certificação BCI, que credencia a produção sustentável de algodão. O Brasil é uma das nações certificadas e responde por 30% da produção mundial de algodão sustentável. Aguiar diz que a conquista é resultado do compromisso dos produtores rurais brasileiros com a sustentabilidade. “É a consciência do produtor de trabalhar com a legislação trabalhista, com a legislação ambiental e olhando para a viabilidade econômica”.

O painel teve ainda a participação de Luiz Antonio Pradella, vice-presidente da Federação Brasileira de Plantio Direto e Irrigação; de Mariana Vasconcelos, CEO da Agrosmart; e da coordenadora-geral de Mudanças Climáticas, Florestas Plantadas e Agropecuária Conservacionista do Mapa, Fabiana Villa Alves (moderadora).

Brasil tem grande potencial para biogás

No painel, foi debatido o potencial do biogás como solução de descarbonização no Brasil. O biogás é o aproveitamento de dejetos da criação de animais ou outros substratos produzidos pela atividade rural e urbana para geração de energia, como elétrica e combustível. O país tem capacidade de alcançar uma produção de 120 milhões de metros cúbicos/dia de biogás a partir de resíduos, sendo 38,9 milhões de metros cúbicos/dia na cadeia de proteína animal e 18,2 milhões de metros cúbicos/dia no segmento agrícola.

De acordo com a Gerente Executiva da ABiogás, Tamar Roitman, o biometano (biocombustível gasoso obtido a partir do processamento do biogás), por exemplo, pode reduzir emissões de gases do efeito estufa em 300%. “Além de reduzir as emissões, ele captura o metano”.

O secretário de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação, Fernando Camargo, destacou que o Brasil tem uma vantagem em relação a outros países na produção de biogás.

“Na Alemanha, é usado milho, uma matéria-prima dedicada, para produção de biogás. No Brasil, não precisamos, podemos fazer a partir dos resíduos”.

Participaram do painel o produtor rural Luiz Carlos Figueiredo e o coordenador-Geral de Mudança do Clima do Mapa, Sidney Medeiros (moderador).

Efeito poupa-terra

O painel debateu o efeito poupa-terra na agricultura brasileira, que possibilita maior produtividade com menos extensão de terra. O presidente da Embrapa, Celso Moretti, disse que o Brasil se tornou uma potência agroambiental porque investiu de forma consistente e intensa em pesquisa e tecnologia ao longo dos últimos 50 anos.

“Isso possibilitou que, só na cadeia da soja, nós poupássemos uma área equivalente à superfície da Irlanda e da Itália. Se nós não tivéssemos utilizado o  sistema de plantio direto, integração Lavoura-Pecuária e Floresta, fixação biológica de nitrogênio, tratamento de dejetos dentre outros, nós teríamos que usar o triplo da área que nós temos hoje”.

O secretário-adjunto de Inovação, Desenvolvimento Sustentável e Irrigação do Mapa, Cleber Soares, lembrou que nesses 50 anos a área agricultável do Brasil cresceu em torno de 50% e, em termos de produtividade, houve um aumento de mais de 300%.

“A agricultura brasileira é adaptativa, resiliente, sustentável e descarbonizante. Ao longo dos últimos 50 anos, o Brasil saiu de importador líquido de quase tudo que nós consumíamos para hoje sermos uma potência agrícola sustentável. E isso se deu em cima de muita ciência, muita tecnologia e com muita assistência técnica e extensão rural”.

Participaram do painel: Guy Capdeville – diretor-executivo de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa; Rafael Diego Costa – assessor técnico da Diretoria de Assistência Técnica e Gerencial do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e Luís Tadeu Assad – diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade (IABS).

Abordagem Integrada da Paisagem

A coordenadora-geral de Mudanças Climáticas, Florestas Plantadas e Agropecuária Conservacionista do Mapa, Fabiana Villa Alves, destacou que a abordagem integrada da paisagem das áreas produtivas é o foco principal do ABC+, que tem como meta reduzir a emissão de carbono equivalente em 1,1 bilhão de toneladas no setor agropecuário até 2030.

A abordagem integrada consiste em olhar a propriedade não apenas como produtora de alimentos, mas levando em considerações toda a paisagem ao redor de forma sistêmica com o cumprimento ao Código Florestal; a saúde do solo; a conservação de água e de toda a biodiversidade. Assim, a abordagem integrada possibilita a valoração econômica dos serviços ambientais gerados pelos ecossistemas durante a produção agropecuária e também se presta ao equacionamento do entendimento do ambiente rural, especialmente em relação ao ordenamento do território.

A abordagem ocorre por meio do uso de técnicas agrícolas sustentáveis, como terminação intensiva e plantio direto, que permitem o uso adequado dos recursos naturais e o aumento da produção por hectare.

“Quando intensificamos a produção por área, agrícola ou pecuária, estamos, na verdade, liberando outras áreas para serem reflorestadas, pois nós melhoramos a eficiência produtiva. Isso é o cerne da abordagem integrada da paisagem”, afirmou.

Já o diretor de Regularização Ambiental do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), João Adrien, ressaltou que o “conceito da paisagem integrada permite identificar as áreas com aptidão agrícola para que possam continuar exercendo as atividades e aquelas áreas com relevância ambiental, para que possam prestar os serviços ambientais na recuperação das áreas degradadas”.

Participou do painel José Felipe Ribeiro, pesquisador da Embrapa responsável pelo Projeto Biomas.

Rastreabilidade

O painel abordou a questão da rastreabilidade nos setores do agronegócio. Um setor que tem investidos na rastreabilidade é a fruticultura, que deve alcançar a marca de US$ 1 bilhão de exportação de frutas este ano.

“Podemos identificar hoje facilmente em uma caixa de uva quem embalou, quais os bioinsumos utilizados, de qual fazenda veio a fruta”, contou Guilherme Cruz de Souza Coelho, presidente da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas).

O monitoramento do processo produtivo está presente também nas concessões florestais. O Serviço Florestal Brasileiro (SFB) dispõe do Sistema de Cadeia de Custódia (SCC), que controla e faz o rastreamento da produção da madeira. O SCC garante, por exemplo, que o comprador de madeira, em qualquer parte do mundo, tenha a possibilidade de rastrear todo o processo de manejo, extração e beneficiamento, acompanhando o caminho da madeira desde da floresta até o produto final.

“O sistema promove a condição do empresário, do público interessado, da sociedade brasileira e internacional de conferirem com assertividade e com total rigor a origem de cada peça de produtor madeireira tanto no pátio da empresa, na loja de móveis ou na nossa casa”.

O diretor comercial da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), João Gilberto Bento, disse que o setor já dispõe de uma plataforma estruturada de rastreabilidade. O passo agora é levar esse modelo para os criadores. “As indústrias exportadoras já criaram alguns modelos de exigência de informações dos fornecedores de animais. Essa rastreabilidade tem que chegar até a fazenda que produz o bezerro”.

Participaram do painel a produtora rural integrada de ovos férteis e frango de corte, Roseli Marcon e o diretor de Regularização Ambiental do SFB, João Adrien (moderador).

Fonte: Ministério da Agricultura

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