Com o intuito de combater e prevenir novas e severas crises hídricas que afetam o campo, o Governo Federal, por meio do Ministério das Cidades, anunciou a liberação de R$ 400 milhões. Esse investimento está destinado a 776 municípios que já enfrentaram ou estão enfrentando situações dramáticas de escassez de água. A medida é uma resposta direta para evitar que crises como as ocorridas nos últimos anos se repitam.
A urgência dessa ação é evidente em regiões do país que têm sentido a seca de forma implacável. Como Alter do Chão, ponto turiístico banhado pelo Rio Tapajós, que atingiu níveis críticos em dois anos seguidos, com o rio marcando apenas 91 centímetros em 2024, o menor patamar desde 1995. Também no Norte, outro exemplo, é o município de Santa Isabel do Rio Negro (AM), que tem enfrentado uma seca severa por um ano consecutivo.
A meta da iniciativa é clara: fortalecer as políticas preventivas. Onde há investimentos já direcionados para a construção e manutenção de encostas e sistemas de drenagem, a ideia é garantir que o acesso à água seja contínuo e estável, inclusive nas áreas rurais, que são frequentemente as mais vulneráveis.
Essa nova injeção de recursos se soma aos quase R$ 40 bilhões em aportes federais em saneamento (públicos e privados) realizados de 2023 a 2025. A avaliação do governo é que apenas um compromisso permanente e conjunto entre estados, municípios e o setor privado poderá assegurar que o Brasil não dependa mais exclusivamente da chuva – ou da sorte – para garantir o abastecimento de água.