Neste final de semana, o rio Tapajós surgiu com a água esverdeada na região de Santarém, oeste do Pará. A professora Dávia Talgatti, da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), explicou que o fenômeno é causado pela proliferação de cianobactérias, microrganismos que se alimentam de nutrientes como nitrogênio, fósforo e potássio, presentes em esgoto doméstico não tratado, detergentes e resíduos da agricultura e pecuária. As informações são de O Liberal.
Embora relatos indiquem que o fenômeno não é novo, ligado ao crescimento urbano e a remoção da mata ciliar para agropecuária desde os anos 1970, há uma percepção de que as manchas verdes estão ficando mais frequentes, intensas e extensas. A falta de tratamento de esgoto em Santarém agrava a situação, pois mais nutrientes chegam ao rio.
O aquecimento global também agrava o problema, pois temperaturas mais altas favorecem a multiplicação das cianobactérias. Assim, as manchas verdes são resultado de uma combinação complexa de fatores locais (poluição, uso do solo) e globais (mudanças climáticas), indicando um desequilíbrio ambiental crescente no Tapajós.