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Home»GENTE DA TERRA»Mulheres com mais de 50 anos se destacam em pesca artesanal em Santarém
GENTE DA TERRA 22 de outubro de 2021

Mulheres com mais de 50 anos se destacam em pesca artesanal em Santarém

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Várzea do Baixo Amazonas. Foto: David McGrath
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Como é possível identificar com os olhos que a terra há de comer, as mulheres desempenham um papel fundamental na agricultura familiar. Em Santarém, elas estão bastante presentes também na pesca artesanal, o que pouca gente sabe.

Só que o chamado “progresso”, nessa região estratégica do Pará, traz a reboque degradação ambiental e econômica para os moradores locais. Entretanto, pelo fato de a agricultura familiar e a pesca artesanal oferecerem baixo impacto ao meio ambiente, contribuindo com o equilíbrio do ecossistema, é preciso saber quem são essas guardiãs das águas e da floresta.

Foi o que fizeram os pesquisadores Wandicleia Lopes de Sousa, Elizabete de Matos Serrão e Thiago Almeida Vieira em um estudo que acaba de ser publicado neste mês de outubro pela revista “Novos Cadernos” (Edição Maio-Agosto), do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA), da Universidade Federal do Pará. Os dados foram coletados em 2018. O índice de mulheres na pesca artesanal chega a 40%, apesar de ainda ocorrer a invisibilidade do trabalho da mulher nas atividades produtivas.

O trio acadêmico escolheu bairros localizados às margens do lago Maicá para realizar a pesquisa, pois trata-se de um ecossistema composto por ilhas e uma parte de terra firme, que sofrem pequenas inundações decorrentes da cheia dos igarapés lá existentes. São diversos habitats com condições adequadas para o crescimento de diversas espécies de peixes migradores e sedentários de interesse econômico. A riqueza incalculável, que é objeto de desejo do capital especulativo, conta com répteis, aves e flora de plantas aquáticas bem típicas da região amazônica.

A mudança de paisagem da região decorrente dos investimentos nos últimos anos pode ser notada pela ocorrência de mais erosão dos solos, contaminação de cursos d’água, destruição de habitats naturais e migrações, que acabam por gerar várias desapropriações.

Vamos então saber quem são essas pescadoras artesanais e agricultoras familiares que residem e exercem suas atividades produtivas na região do lago Maicá, em Santarém:

FAIXA ETÁRIA

  • As pescadoras artesanais possuem idade média de 48,4 anos, variando de 27 a 57 anos. Do universo total, 54,55% encontram-se na faixa etária entre 51 e 60 anos. Entre as pesquisadas não foi identificada nenhuma pescadora na faixa etária de 31 a 40 anos.
  • Quanto às agricultoras familiares, a média encontrada foi de 46,3 anos, com variação de 40 a 55 anos. Do universo total 42,86% estão na faixa de idade entre 41 e 50 anos, não foi encontrada nenhuma agricultora na faixa etária entre 20 e 30 anos.

ESTADO CIVIL

  • Quanto ao estado civil, percebeu-se que, entre as pescadoras artesanais, a maioria (55%) vive em união estável, apenas 9% são casadas no civil e 36% são solteiras.
  • Já as agricultoras familiares, 43% declaram ser casadas no civil e o restante vive em união estável (29%) ou são solteiras (28%). Entre as entrevistadas não se identificaram viúvas ou que vivessem em união homoafetiva.

ORIGEM

  • Do total geral das participantes, todas são oriundas do Estado do Pará. Dentre as pescadoras artesanais, existe uma variação entre o local de origem, ao passo que 55% nasceram em comunidades rurais da cidade de Santarém, 18% no município de Monte Alegre, 18% em Alenquer e 9% são de Aveiro, todos na região oeste do Pará. Tais dados se diferem das agricultoras familiares, onde todas nasceram em comunidades rurais de Santarém.

RELIGIÃO

  • a religião católica congrega a maioria (81,8% pescadoras artesanais e 71,4% agricultoras familiares), seguida pela evangélica (18,2% pescadoras artesanais e 28,6% agricultoras familiares).

ESCOLARIDADE

  • A grande maioria declarou ter apenas o ensino fundamental incompleto, o que entre as pescadoras artesanais representa 90,9% e 71,4% entre as agricultoras familiares. Apesar disso, não foram identificadas participantes analfabetas.
  • Essa realidade do lago Maicá é mais favorável que a de analfabetismo do Pará, para pessoas acima de 60 anos (4,5% de analfabetos) e para mulheres de áreas urbanas e rurais do Estado que ainda são 5,5% de analfabetas (IBGE, 2018).

RENDA FAMILIAR

  • A renda familiar das pescadoras artesanais variou de R$ 300 a R$ 2.637, com uma média de R$ 1.124,50.
  • É relevante destacar que 45% das pescadoras artesanais sobrevivem com menos de um salário-mínimo (época da coleta R$ 954).
  • A média de pessoas dependentes dessa renda aproxima-se de quatro indivíduos, com o mínimo de três e o máximo de seis dependentes.
  • Entre as pescadoras artesanais, 9% delas não possuem dependentes da sua renda familiar.
  • A maioria das pescadoras artesanais (55%) não exerce nenhuma atividade complementar, sendo a pesca o único meio de garantir a sobrevivência de sua família, pois 27% cultivam produtos da agricultura ou criam pequenos animais para o autoconsumo, e 9% desenvolvem atividades como costura. O mesmo percentual (9%) afirmou realizar serviços de diaristas para ajudar na complementação da renda. Todas as pescadoras artesanais afirmaram que desenvolvem a atividade da pesca há mais de 10 anos.
  • Em referência às agricultoras familiares, a renda familiar foi de no mínimo R$ 700 e no máximo R$ 3.156, com média de R$ 1.800,30.
  • Destaca-se que 14% sobrevivem com menos de um salário-mínimo.
  • A média de dependentes dessa renda aproxima-se de 2,4 pessoas, com o mínimo de um e o máximo de cinco dependentes. Além disso, 29% das agricultoras não possuem nenhum dependente da sua renda familiar.
  • 14% das agricultoras declararam que desenvolvem atividade como diarista na região urbana de Santarém, a mesma porcentagem (14%) afirmou que faz e comercializa produtos de crochê, bem como declararam que realizam venda de cosméticos (14%) como atividades que ajudam na complementação da renda familiar. Todas as entrevistadas afirmaram que desenvolvem a atividade de agricultura há mais de 10 anos.
  • Entre as pescadoras artesanais, 73% possuem ajuda na renda familiar. Dessas, 64% contam com ajuda de uma pessoa, geralmente o cônjuge, e 9%, com duas pessoas que correspondem ao cônjuge e um filho.
  • No que se refere às agricultoras familiares, 71,4% têm ajuda na composição da renda familiar. Destaca-se desse percentual que 57,1% contam com a ajuda de um membro da família, na maioria dos casos é o cônjuge, e 14,3% têm ajuda de dois membros da família, o cônjuge e um filho.
  • Do total das pescadoras artesanais, 63,6% recebem o benefício, e, das agricultoras familiares, apenas 42,8% são beneficiárias do programa.

“Este estudo auxilia na discussão de políticas públicas que ajudem a mitigar as dificuldades enfrentadas no cotidiano dessas mulheres e suas famílias. Serve ainda de aporte teórico para a temática pesquisada, para entidades sindicais e participantes da pesquisa, visando fornecer subsídios ao debate sobre modelos de desenvolvimento que garantam a sobrevivência dessas mulheres em suas unidades familiares, sobretudo em ambientes e ecossistemas frágeis, como o caso da várzea”, concluem os autores do estudo.

Fonte: NAEA/UFPA

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