No último sábado, 4, a cidade de Oeiras do Pará, localizada na Ilha do Marajó, celebrou a 4ª Abertura da Pesca do Mapará. O evento, que reuniu moradores, pescadores, autoridades locais e turistas, marca o fim do período do defeso, a “piracema”, fenômeno anual em que determinadas espécies de peixes, como o mapará, nadam rio acima, contra a correnteza, em busca de locais adequados para desova e reprodução.
A abertura da pesca do mapará em Oeiras do Pará é mais do que apenas um evento para marcar o início da temporada. É uma verdadeira festa para a comunidade, que celebra a tradição, a cultura e a importância da pesca como fonte de renda para as comunidades ribeirinhas. As ruas da cidade foram tomadas por barracas de comidas típicas, artesanato local e apresentações musicais que animaram o público presente.
O evento também foi um momento para homenagear os pescadores, que dedicam suas vidas à pesca do mapará. Diversas autoridades locais discursaram sobre a importância da pesca sustentável e da preservação ambiental, reconhecendo o papel fundamental dos pescadores na economia e na cultura da região.
Símbolo da identidade ribeirinha
A pesca do mapará representa muito mais do que uma simples atividade econômica. É um símbolo da identidade cultural das comunidades ribeirinhas do Pará, que passam de geração em geração o conhecimento e as técnicas tradicionais de pesca.
A abertura da temporada é um momento para celebrar essa tradição e reafirmar a importância da pesca para a preservação do modo de vida local.
Na região do Baixo Tocantins, no Pará, a piracema se encerra em fevereiro e a temporada de pesca do mapará acontece de março a outubro. Em cidades como Cametá e Limoeiro do Ajuru, a liberação atrai uma multidão de pescadores.
Sustentabilidade e Conservação
É importante destacar que a pesca do mapará em Oeiras do Pará é realizada de forma sustentável, com o manejo adequado dos recursos pesqueiros e respeito ao meio ambiente. As autoridades locais trabalham em conjunto com as comunidades ribeirinhas para garantir a preservação da espécie e a pesca responsável, assegurando a perpetuação dessa tradição para as futuras gerações.