A corrida para deter o avanço das mudanças climáticas deve contar com o apoio dos diversos setores da sociedade. No Brasil, que será a sede da COP30, que ocorre em novembro em Belém, o segmento das micro e pequenas empresas quer mostrar que também busca uma economia mais sustentável.
Em reunião na semana pasada, com o presidente da COP30, o embaixador André Corrêa do Lago, o presidente do Sebrae, Décio Lima, entregou documento que defende a inclusão de pequenos negócios na conferência e suas contribuições para o enfrentamento dos desafios climáticos.
A ideia da instituição é criar um dia das micro e pequenas empresas no evento para orientar os empreendedores sobre como ter acesso a recursos de financiamento climático, incluindo as modalidades de crédito de carbono e financiamentos de fundos e investidores internacionais a partir da prestação de serviços ambientais.
“Vamos ter um espaço específico em que vamos oferecer um retrato para mostrar ao mundo a pequena economia em um território próprio. Esse exemplo do Brasil vai se transformar em um marco para as COPs do futuro, mostrando que as pequenas economias estão inclusas no conceito da sustentabilidade”, adiantou Décio Lima em coletiva à imprensa sobre o espaço do Sebrae na zona verde.
Atualmente, o Sebrae conta com o Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (FAMPE), que concede crédito que pode ser aplicado na adaptação dos empreendimentos às práticas sustentáveis.
No primeiro trimestre de 2025, o fundo já viabilizou R$ 950 milhões em crédito. A expectativa é alcançar R$ 12 bilhões em crédito e 160 mil operações de apoio ao setor até o final do ano.