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Home»GENTE DA TERRA»‘Se não fosse a pimenta-do-reino, não existiríamos aqui’, diz produtor japonês
GENTE DA TERRA 2 de setembro de 2021

‘Se não fosse a pimenta-do-reino, não existiríamos aqui’, diz produtor japonês

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Foto: Agrospice
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É difícil falar em pimenta-do-reino sem lembrar de Tomé-Açu. Essa associação se tornou possível quando o município, localizado no nordeste do Pará, ganhou destaque como o maior produtor paraense da mais famosa especiaria do mundo. E mais que isso, a história da cidade está tradicionalmente ligada à da pimenta, que chegou ao Pará pelas mãos dos imigrantes japoneses no ano de 1933 com mudas da cultivar Cingapura.

Em reconhecimento ao forte elo, foi criada uma lei estadual estabelecendo que todos os anos, em 1º de setembro, é comemorado o Dia Estadual da Pimenta-do-Reino.

Somente em Tomé-Açu é produzida anualmente uma média de 5 mil toneladas da pimenta-do-reino. Segundo o IBGE, a produção brasileira do produto, quando não ocorre imprevistos climáticos, gira numa média de 40.000 t/ano, destacando-se como produtores os Estados do Pará, Espírito Santo e Bahia, responsáveis por 75%, 15% e 9%, respectivamente, da produção nacional, dos quais 85% da produção anual são exportadas, tendo como principais compradores os Estados Unidos, Alemanha, Países Baixos e Argentina.

Atualmente a produção de pimenta-do-reino do Brasil gira em torno de 40.000 t/ano, se destacando como uma das potências da produção/exportação, ficando atrás apenas da produção/exportação do Vietnã e Índia.

Herança japonesa

Produtores como Walter Oppata e Jorge Itó, ambos com propriedades agrícolas localizadas no bairro do Breu, falam da satisfação que é trabalhar com a famosa especiaria.

Os dois são descendentes de imigrantes que chegaram a Tomé-Açu nos anos 50 e começaram a trabalhar com a pimenta-do-reino. De simples sementes brotaram plantações do produto que viria a se tornar referência da pimenta por muito tempo.

Os dois produtores falam dos altos e baixos registrados ao longo dos anos. A dizimação de milhares de pés em função da fusariose, doença que no final dos anos 60 atacou as plantações, marcou bastante a história da pimenta na cidade, mas serviu também como um grande desafio para as famílias de produtores.

Atualmente, tanto Walter Oppata quanto Jorge Itó trabalham com o chamado Sistema Agroflorestal de Tomé-Açu (Safta), de produção consorciada a um grupo de espécies com a pimenta, como o cacau, açaí e o cupuaçu. A prática, como eles ressaltam, é herança dos avós.

“A cultura da pimenta-do-reino tem seus altos e baixos, mas a nossa pimenta é especial por conta de toda a história que carrega atrelada à chegada dos imigrantes japoneses”, ressalta.

“Viemos para cultivar o cacau. A pimenta deu sentido à nossa imigração. Para a nossa família, se não fosse a pimenta-do-reino, acho que a gente não existiria mais aqui”, avalia Oppata.

Pimenta branca

O produtor Jorge Itó cultiva também um outro tipo de pimenta-do-reino que tem sido bastante requisitada no mercado: a pimenta branca. Segundo ele, enquanto o quilo da pimenta escura sai a R$ 19, o da branca sai a R$ 32. “É um processo que a gente faz para tirar a casca da pimenta, deixa ela de molho por uns 10 a 14 dias e aí a gente descasca e lava”.

Ele disse que aprendeu esse processo quando criança, pois via o pai fazer a técnica e se interessou em aprender. A preferência entre a branca e a preta é muito relativa, segundo o produtor.

A produção da preta é bem maior no município que a da branca, destacou Itó. Isso porque a branca exige um processo mais demorado durante as etapas de produção.

“Para fazer pimenta branca, até na hora de colher é diferenciado. Temos que colher a pimenta mais madura, senão perde muito”, ensina Jorge.

Defensor e praticante de procedimentos sustentáveis na hora de produzir a pimenta, Jorge Itó utiliza as duas barcaças – estrutura de madeira onde as especiarias são espalhadas para a secagem – que são utilizadas normalmente no processo de produção do cacau. “Estou aproveitando essas barcaças, quando não há safra de cacau, para secar a pimenta”, diz. Ele explica que produz 500 quilos do produto por vez usando as três barcaças.

Trabalhando de maneira artesanal, com muita dedicação e paciência, Jorge Itó utiliza um ventilador cuja estrutura também é de madeira e foi feita por um carpinteiro japonês na década de 50. “Esse equipamento foi herança do meu pai e ele é utilizado depois que a pimenta passa pela barcaça”, detalha.

O produtor diz que não lava mais a pimenta no igarapé que existe em sua propriedade. “A gente lava nos tanques que implantamos. Há mais de 15 anos que adotamos o uso dos tanques. Utilizamos água de poço e deixamos a pimenta 15 dias de molho. Depois, maceramos e jogamos água corrente novamente”, enumera o produtor.

Ele diz que a sua produção é de um lote, o que equivale a 20 hectares. Atualmente, segundo ele, não trabalha apenas com a produção de pimenta, mas também de frutas e plantas medicinais, como a andiroba. Apesar das dificuldades que às vezes aparecem, Jorge Itó diz que vale a pena continuar trabalhando com a pimenta-do-reino.

“Isso é muito relativo, atualmente sim. Mas, se der uma superprodução por aí, o mercado pode despencar. Por causa do dólar também está compensando, já que é produto de exportação”, acrescenta Jorge Itó.

Mas, o que faz a diferença mesmo, como ressalta o experiente produtor, é investir em práticas sustentáveis.

“Como a concorrência é muita, o cliente vai investir no que tem mais qualidade, quem trabalha com responsabilidade e sustentável”.

Boas práticas

De acordo com o levantamento do Núcleo de Planejamento/Estatísticas da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), o município do nordeste paraense é o maior produtor de pimenta-do-reino do Pará. Das 35 mil toneladas produzidas pelo Estado em 2019, (ano-base trabalhado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas- IBGE), 5 mil toneladas eram provenientes de Tomé-Açu.

A engenheira agrônoma da Sedap, Márcia Tagore, ressalta que Tomé-Açu tem um importante e relevante papel não só para a produção da pimenta-do-reino como também para a manutenção da cultura local, já que a especiaria chegou ao Pará pelas mãos dos imigrantes japoneses.

Ela lembra que em maio deste ano, o Grupo de Trabalho da Pimenta-do-reino esteve reunido em Tomé-Açu, que foi o primeiro a sediar as rodadas de palestras com a finalidade de orientar os produtores sobre boas práticas na produção da pimenta-do-reino.

Além desse município, já foram realizadas programações em Castanhal, Capitão Poço – segundo maior produtor da especiaria – Baião e Santarém. A rodada de palestras será concluída em Altamira.

Fonte: Rose Barbosa (Ascom Sedap)/Luana Laboissiere (SECOM)/Agrospice

#pimenta do reino #Tomé-Açu Jorge Itó Oppata pimenta branca
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