Por Tereza Coelho
Aberto ao público na segunda-feira (17), o Pavilhão Pará Municípios leva uma amostra do que você pode encontrar em 92 das 144 cidades do estado, com representantes de todas as regiões.
Na prática, é como se você pudesse dar um giro imersivo nos principais destaques de cada cidade. Seja provando o tucupi de Vigia, fazendo artesanato em Icoaraci junto com um ceramista ou, ainda, passeando no centro histórico de Marabá graças à realidade aumentada.
Segundo o governo do estado, a ideia do pavilhão é oferecer aos visitantes da COP30 e à população a oportunidade de conhecer o que cada município está desenvolvendo dentro da agenda da sustentabilidade. Na prática, a proposta vai além e permite uma imersão cultural em cada região por meio de atrações de artistas ilustres, assim como aulas gratuitas de culinária, que ensinam a preparar receitas com a tapioca, o tambaqui e o tucupi.

Emoção à primeira vista
Gisele Pinheiro é de Belém e morou por um ano e meio em Marabá. Por isso, ela não conseguiu conter as lágrimas ao lembrar do período em que viveu lá durante a experiência de realidade virtual, em que revisitou os principais pontos históricos da cidade.
“Foi a melhor experiência da minha vida viver em Marabá e pude matar um pouco a saudade. É um povo acolhedor, trabalhador, honesto. Fui muito feliz ali e faria de tudo para voltar”, disse.

Tradição que dá orgulho
Josafá Rogério tem 63 anos e é ceramista no distrito de Icoaraci, em Belém, desde criança. Ele conta que aprendeu o ofício com os pais e que é sempre maravilhoso representar Icoaraci e suas tradições em cerâmica.
“É sempre uma maravilha representar os nossos. Aqui estamos oferecendo para os visitantes a chance de meter um pouco a mão na argila e ter uma experiência com a cerâmica. Eu amo o que faço, sou muito feliz e é um orgulho poder repassar um pouquinho do que sei. Se isso incentivar alguém a ir conhecer nossa arte e nosso trabalho, a missão já foi cumprida”, destacou.

Sabor como bandeira
No espaço do município de Vigia de Nazaré, a distribuição de 250 litros de tucupi é o convite inicial para conhecer um pouco a cidade, que coleciona marcos. Entre eles, o lugar onde se iniciou a introdução do café no Brasil, graças ao vigiense Francisco de Melo Palheta, e por ser polo da cultura náutica local pela produção de redes de pesca e embarcações.
Alcides Guimarães é presidente da Comissão COP30 do município e diz que Vigia de Nazaré é um portal do coração do estado e está de portas abertas para receber os visitantes.
“Teremos degustação de 250 litros de tucupi e do café regional, já que somos o primeiro local do Brasil com a introdução do café. Além disso, também trazemos o debate de estratégias de bioeconomia feito na nossa cidade e a gestão produtiva de resíduos. Por exemplo, outra coisa que estamos trazendo são tijolos feitos pelo reaproveitamento de caroços de açaí. Temos muito potencial para mostrar tanto no turismo quanto nas iniciativas sustentáveis”, contou.

Como faz para conhecer?
O espaço localizado no Centro de Convenções Centenário, na avenida Augusto Montenegro, funcionará até o dia 21 de novembro, das 14h às 21h, com entrada livre, sem necessidade de credenciamento.
Além disso, uma linha de ônibus foi criada para levar gratuitamente os visitantes da Green Zone, no Parque da Cidade, até o Pavilhão Pará Municípios.


