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Home»ECONOMIA»Cadeia do cacau gera mais de 400 mil empregos no Pará
ECONOMIA 22 de setembro de 2025

Cadeia do cacau gera mais de 400 mil empregos no Pará

Além dos postos de ocupações, a atividade registra quase 33 mil produtores no estado
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Plantação de Cacau. Arquivo/Agência Pará
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Há dez anos, Carmem Célia Souza trabalha com a atividade de quebrar a casca do cacau para separar as amêndoas que serão aproveitadas. É por meio da atividade que ela e a família sobrevivem e mantêm em dia as despesas de casa. A trabalhadora, que vive em Altamira, no sudeste do Pará, faz parte de um segmento que gerou, no ano passado, mais de 400 mil empregos diretos e indiretos em território paraense, conforme dados sistematizados pelo Núcleo de Planejamento e Estatísticas da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap).

Em todo o estado, o segmento cacaueiro gerou 320.360 empregos diretos e 80.090 indiretos, no ano passado. O levantamento da Sedap – que utilizou como fonte os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) e da Comissão do Plano Executivo da Lavoura Cacaueira (Ceplac), mostra, ainda, que o número de cacauicultores no Pará chegou a quase 33 mil (mais precisamente, 32.700).

Para a trabalhadora Carmen Souza, fazer parte de uma cadeia tão relevante como a do cacau é muito importante, não só por questões econômicas como também culturais, já que ela convive diariamente com uma fruta que já se tornou praticamente símbolo da Transamazônica (rodovia BR-230, que se estende ao longo dos municípios polos na produção de cacau, como é o caso de Altamira).

Carmem Célia Souza quebra a casca do cacau para separar as amêndoas que serão aproveitadas. Foto: Pedro Guerreiro/Agência Pará

Com um facão, ela faz a separação das sementes e da polpa. Por dia, segundo informou, juntamente com o grupo contratado pelo proprietário do sítio onde atua, chega a encher 100 latas com amêndoas de cacau.

“O cacau é nosso meio de sobrevivência, a gente aprendeu com a prática mesmo, desde cedo”, disse.

Na outra ponta da atividade cacaueira está o produtor. Entre os mais de 32 mil identificados em solo paraense, está Moisés Covre, cuja propriedade de 140 hectares está situada no Km 8 da BR-230 (no sentido Altamira-Anapu). São 25 mil pés de cacau plantados em Sistema Agroflorestal (SAF) – quando o cacau é cultivado junto com outras espécies para sombreamento, como é o caso do açaí, segundo o proprietário. Ele informou que são sete mil pés de cacau plantados em conjunto com o açaí.

O cultivo do cacau foi uma herança deixada pelo pai de Moisés, que iniciou a atividade em Altamira, em 2006.

“Continuamos o legado do meu pai. É um ótimo negócio. Antes, fazíamos para pagar despesas, mas agora melhorou bastante”, observou.

Ele explica que não enfrenta dificuldades com o recrutamento de mão de obra e que segue o mesmo sistema adotado pelo pai, com funcionários contratados, que recebem pelos serviços.

“Não usamos o meeiro, mas funcionário. Não temos dificuldades em conseguir mão de obra, pois fica pertinho da pista, bem localizado, o que facilita”, observa.

O Pará registra um produtor para cada cinco hectares de área cultivada com cacau, conforme informou o estatístico e professor Ulisses Barata Silva, responsável pelo levantamento do Nuplan da Sedap. Esse indicador, por sua consistência e representatividade na dinâmica produtiva regional, foi extrapolado para os demais Estados da Amazônia Legal com produção cacaueira, permitindo estimativas agregadas de ocupação produtiva e subsidiando análises comparativas da estrutura fundiária e do perfil socioeconômico dos produtores na região.

Segundo Silva, a extrapolação se justifica pela elevada participação do Pará na produção regional — em torno de 95% — e pela ausência de dados estruturais detalhados nos demais Estados, configurando-se como aproximação válida para fins analíticos preliminares.

Entre 2022 e 2024, observa-se uma expansão gradual da cacauicultura na Amazônia Legal, impulsionada sobretudo pelo desempenho paraense: a área colhida no Estado passou de 152.837 hectares em 2022 para 163.405 hectares em 2024, representando um crescimento acumulado de 6,91%. Em 2024, a produção de cacau registrou um volume de 137.455 toneladas, com rendimento médio da produção (kg/ha) de 841 kg/ha, segundo explicou a coordenadora do Núcleo de Planejamento e Estatísticas da Sedap, Maria de Lourdes Minssen.

“Esse comportamento reforça a importância da cacauicultura como vetor de ocupação produtiva e geração de renda na região, sobretudo entre pequenos produtores que operam em sistemas agroflorestais”, analisa a coordenadora do Nuplan da Sedap.

Gerador de emprego e renda

Por ser feita ainda manualmente, a cadeia produtiva do cacau no Pará é uma  importante geradora de emprego, como avaliou o coordenador do Procacau da Sedap, Ivaldo Santana. Dos mais de 320 mil empregos diretos – como é o caso da atividade de quebrar a casca do cacau ou de cuidar diretamente da lavoura – há os mais de 80 mil indiretos, que atuam em atividades como o comércio de adubos, o sistema de irrigação e o transporte. “É uma cadeia que alavanca a questão do emprego no campo. Isso é muito importante para o nosso Estado e para a produção de cacau. A tendência é só crescer. Atualmente, há muita procura por semente, em função do preço do cacau, que está na faixa de R$ 40 a R$ 45 o quilo. Esse preço triplicou quando se compara com uns três ou quatro anos atrás. Tem muito produtor procurando áreas e sementes para plantar cacau”, observou Santana.

Todos os anos, se incorporam-se à cadeia em torno de mil novos produtores e uma média de 8 mil a 10 mil novos hectares, segundo informou o coordenador do Procacau. “Esse preço vai permanecer por mais alguns anos e essa cadeia vai crescer mais ainda no nosso Estado”, estimou Santana.

Importância das parcerias

A partir de dados consolidados por instituições como a Sedap, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), foi possível estimar o número total de produtores e empregos gerados na cacauicultura paraense com base em dados do IBGE e Produção Agrícola Municipal (PAM).

Na Transamazônica, a Ceplac é o órgão do governo federal, ligado ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), responsável por acompanhar a cultura do cacau (assistência, orientação técnica e pesquisa) e áreas produtivas como a de Moisés Covre.

O órgão tem uma estação experimental em Medicilândia, que produz sementes híbridas de cacau. O agente de atividades agropecuárias da Ceplac na Transamazônica, Alino Zavarise Bis, disse que as sementes são distribuídas gratuitamente aos produtores, o que acaba impactando, também, na geração de empregos. A instituição federal, como ressaltou, tem uma forte parceria com a Sedap. “O governo do Estado nos ajuda muito na produção de sementes híbridas para serem distribuídas aos produtores; 80% do cacau implantado na Transamazônica são de sementes híbridas oriundas da Ceplac e a região é responsável por 85% da produção de cacau do estado do Pará”, explicou.

Segundo Alino, o chocolate da Transamazônica tem um maior teor de gordura e maior ponto de fusão, porque é feito a partir de um cacau fruto de mistura de variedades diferentes de material genético. “São características intrínsecas, que as indústrias dão o maior valor. Como nós estamos na linha do Equador, com maior incidência de raios solares, faz com que a planta produza mais e produza essas características com esse diferencial”, disse.

Cacau em números

Os dados se referem ao ano de 2024  no estado do Pará:

  • Número de empregos diretos – 320.360
  • Número de empregos indiretos – 80.090
  • Número de produtores –32.700
  • Área colhida (hectares) – 163.803
  • Previsão de área colhida em 2025- 170.504.

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