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Home»MEIO AMBIENTE»Rede de Cantinas transforma vida de extrativistas de castanha-do-pará em Altamira
MEIO AMBIENTE GENTE DA TERRA 2 de junho de 2022

Rede de Cantinas transforma vida de extrativistas de castanha-do-pará em Altamira

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Castanha-do-pará vira símbolo de fortalecimento em Altamira. Foto: Ilo Clareto/ISA
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Por Gisele Coutinho

“Desculpa não ter respondido logo, é que eu tava no mato justamente fazendo coleta de castanha”.

Assim começa a conversa do Pará Terra Boa com o líder indígena Nei Xipaya sobre os desafios e avanços na comercialização da castanha-do-pará em Altamira, onde ele vive com sua comunidade. Ele fala da revolução comercial local a partir da criação da Rede de Cantinas da Terra do Meio, entre os rios Xingu, Caruá e Iriri. As cantinas são espaços de comercialização da mercadoria que funcionam como entreposto comercial justo entre a comunidade e o mercado externo.

Segundo produtor nacional da castanha, atrás do Amazonas, o Pará respondeu em 2020, segundo o IBGE, por 8.643 toneladas e R$ 20,8 milhões em valor de produção, mas na mão de quem colhe, o dinheiro chega muitas vezes minguado.

Antes de 2012, a produção de castanha em Altamira – e em diversas regiões que ainda vivem essa realidade – era dominada pelos chamados regatões, atravessadores que na pechincha pagavam bem menos que valia a caixa com 20 quilos da castanha.

“A gente vendia por R$ 10 a caixa. Então, em 2014 a gente iniciou a discussão da implementação da Rede de Cantinas”, relata Nei.

Na foto, Nei Xipaya comemora a safra

Em 2020, somente a Rede de Cantinas da Terra do Meio foi responsável por mais de 200 toneladas de castanha in natura e duas toneladas de castanha desidratada, além de 330 litros de óleos vegetais de castanha, babaçu, andiroba e outros produtos.

“A gente conseguiu uma valorização muito grande de 2014 para cá e saltou de R$ 10 a caixa de castanha para R$ 60, depois R$ 80, R$ 90 e, agora, R$ 110 na mão do produtor, que destina R$ 10 para a limpeza e seleção das castanhas e fica com R$ 100 livres ”, comemora.

Pioneira

A Terra indígena Xipaya foi a primeira a participar da Rede de Cantinas, uma vez que o trabalho entre indígenas e não indígenas não era comum por lá. Hoje, a Rede de Cantinas da Terra do Meio conta com 3 mil trabalhadores na extração de castanha, borracha, babaçu, óleo de copaíba e de coco no Pará. Engloba 27 cantinas em três reservas extrativistas, cinco terras indígenas e uma associação da agricultura familiar, todas ligadas às associações de moradores locais, que são 13, algumas com mais de uma cantina.

A Rede de Cantinas pode tanto fornecer capital quanto trocas por equipamentos e mercadorias que não são produzidos pelas comunidades, como facões, escovas de dentes ou botas. Outra função de uma cantina é ser local de troca de informações e diálogo sobre estratégias de defesa do território e acesso a políticas públicas.

Trabalho duro no castanhal em Altamira. foto: Nei Xipaya/Divulgação

Trajetória da castanha

Do castanhal até ser comercializada, a trajetória da semente é longa: primeiro, vem a pré-coleta, com organização comunitária, mapeamento dos castanhais, seleção das árvores, corte dos cipós e limpeza.

Só então materiais e equipamentos, como a mão-de-onça, um pegador de madeira com quatro pontas feito para coletar o ouriço no chão, são separados para começar a coleta.

Ouriço é o fruto da castanheira que carrega as sementes. Depois de coletado e amontoado na floresta, começa a fase da pós-coleta, com a quebra, lavagem, seleção, transporte, secagem e só então o armazenamento para depois ser comercializada na rede de cantinas ou ainda serem beneficiadas em miniusinas, o que depende da realidade de cada região.

Em Altamira, município mais extenso do Brasil, Nei Xipaya conta que as mudanças climáticas e a longa idade dos castanhais têm impactado o trabalho.

“Há uns anos a gente tinha uma coleta de castanha bem maior do que se tem hoje, por conta até mesmo da existência dos castanhais novos e também do próprio clima”.

Por isso, o trabalho hoje em busca da melhor castanha é ainda mais árduo.

Quando a castanha está pré-seca, ela é enviada um galpão da Rede de Cantina na cidade. Esse processo final, no entanto, não ocorre num passe de mágica. Muito suor é deixado para trás.

“Ainda não se tem uma valorização significante. Está bom perto do que era, mas ainda tem um trabalho muito pesado na coleta. Você fica 3, 4 dias acampado, carrega muito peso nas costas sem apoio de trator, animal, é tudo no paneiro, nas costas, e anda muito tempo por isso, em período chuvoso, de dezembro até abril. Tem muita praga, muriçoca, e por isso tudo a gente busca mais valorização ainda para amenizar esse sofrimento”.

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