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Home»MEIO AMBIENTE»Santarém virou um mar de soja? O podcast ‘Tempo Quente’ responde
MEIO AMBIENTE 19 de julho de 2022

Santarém virou um mar de soja? O podcast ‘Tempo Quente’ responde

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Santarém. Foto: Greenpeace/Arquivo
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Por Gisele Coutinho

Todas as cidades se transformam ao longo dos anos, mas o que será que chamou a atenção de uma visitante quando retornou ao Pará anos depois?

Para a jornalista ambiental Giovana Girardi, o mar de soja em Santarém. Ela apresenta o recém-lançado podcast “Tempo Quente”, que pode ser ouvido de graça no site da Rádio Novelo, no YouTube e nos aplicativos de compartilhamento de músicas. Ela conversou com o Pará Terra Boa sobre sua passagem pela nossa terra para a produção do material, em setembro de 2021.

A jornalista já havia visitado o Pará algumas vezes, mas desta vez foi diferente quando chegou a Santarém.

“Dessa vez o mar de soja me chamou mais atenção. Talvez porque eu já tenha ido para lá com essa história na cabeça. Entender a chegada da soja na região e sua expansão nos últimos 20 anos era um dos focos da minha apuração para o podcast”, afirma.

Segundo a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuária e da Pesca (Sedap/PA), a área de plantio da soja no Pará passou de 337.056 hectares em 2015, com 1.022.677 de toneladas produzidas do grão, para 643.267 hectares em 2020, com 1.990.794 de toneladas, ou seja, um aumento de área de 90% em cinco anos. Enquanto maior município produtor de soja no Estado, Paragominas representava 26% (526.050 toneladas) do total de 2020. Já Santarém, 2,98%, com 59.400 toneladas.

Essa expansão do grão no Pará pressiona pela frente o limite da terras de Indígenas do povo Munduruku do Planalto Santareno. Segundo relatório divulgado pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e pela Amazon Watch, a atuação da Cargill na região é apontada como um fator decisivo para a migração de fazendeiros de outros Estados para o oeste do Pará e o crescimento da produção de soja, conforme mostrou o site De Olho nos Ruralistas.

De avião e do alto, também ficou evidente para a jornalista como a Floresta Nacional do Tapajós (Flona Tapajós) está cercada por destruição. A Flona é uma unidade de conservação (UC) federal criada por meio do Decreto n° 73.684, de 19 de fevereiro de 1974. Com área de 527.319 hectares, a UC abrange os municípios de Aveiro, Belterra, Placas e Rurópolis, no oeste do Estado do Pará.

“Sei que essa transformação mais marcante no entorno de Santarém e da Flona do Tapajós não é recente. Pelo que eu entendi, porém, é algo que vem crescendo. Ver do alto, do avião, como a Flona se destaca como uma ilha naquela paisagem e depois confirmar que ela de fato é uma floresta solitária ao longo da BR-163, até Rurópolis, me impactou bastante. Percorrendo esse trecho é difícil lembrar que estamos no meio da floresta amazônica. Em Itaituba, a transformação me pareceu ainda mais marcante. Eu tinha ido uma única vez pra lá, em 2007. A chegada dos portos em Miritituba, aumentando o fluxo do agronegócio, e a retomada recente do garimpo modificaram completamente a região”.

Banhado pelo Rio Tapajós, Miritituba é um distrito de Itaituba. De lá se escoa grande parte dos grãos plantados em Mato Grosso para fora do País. No caminho até o porto está o famoso posto de gasolina KM 30, no entroncamento da BR-163 com a BR-263, a famosa Transamazônica, com centenas de caminhões e bombas de combustível servindo à pujança do setor.

A abundância do agro vem acompanhada de uma alta fatura ambiental. Conforme o Relatório Anual de Desmatamento no Brasil (RAD), do MapBiomas, divulgado nesta segunda-feira, 18/7, o Cerrado, que abriga o Estado mais importante do agronegócio nacional, Mato Grosso, concentrou 30% do desmatamento no País em 2021, com pouco mais de meio milhão de hectares destruídos. Em primeiro, o bioma amazônico, com 59% da área nacional desmatada. Nosso Pará, de cada quatro hectares desmatados no Brasil em 2021, um foi em terras paraenses, onde o desmate alcançou 402.492 ha.

Por isso, não estranha que a apresentadora de “Tempo Quente” destaque o desmatamento como a parte negativa que mais lhe impressionou no Pará.

“É o Estado com maior área desmatada no País, e as cidades por onde eu passei estão sempre na lista dos dez maiores desmatadores da Amazônia (Altamira, em 1º lugar; Itaituba, em 7º; e Novo Progresso, que eu não cheguei a ir, mas meus colegas foram, foi o 5º no ranking de 2021). São áreas em que a criminalidade é grande e não dá sinais de arrefecimento”, relata.

Sobre Itaituba, que vive do garimpo ilegal, você já leu aqui no Pará Terra Boa que o prefeito da cidade, Valmir Climaco, tem uma ficha criminal extensa. Giovana conversou com o gestor municipal. Uma das pérolas do garimpeiro foi dizer que o mercúrio utilizado no garimpo, conhecido como azougue, não faz mal para a saúde. Não é o que comprovam pesquisas realizadas pela Fiocruz, que detectaram problemas neurológicos em crianças e bebês contaminados pelo metal pesado, conforme você pode ler aqui. Climaco falou no episódio 3 do podcast que no Pará o desmatamento é realizado por quem vem de fora, não por gente do Estado.

Terra sem lei

O paraense anda de cabelo em pé por causa dos altos índices de violência em regiões de garimpo ilegal, invasão de terras e desmatamento. Altamira, por exemplo, por onde Giovana passou, virou um entreposto da droga com a presença de facções criminosas, conforme você pode ler aqui.

Questionada sobre esse ambiente de insegurança na Amazônia, a jornalista destaca ao menos um lado positivo dessa tragédia.

“Acho que em termos de segurança, se pensarmos na Amazônia, por exemplo, a região nunca foi um mar de rosas. Mas a situação de instabilidade e insegurança nos últimos três anos está pior. Há uma hostilidade maior na cobertura como um todo, não só na Amazônia, uma maior dificuldade no acesso às informações, no acesso às fontes oficiais. Agora, se tem um lado positivo disso tudo é que o jornalismo reagiu. Fazia muito tempo que a imprensa como um todo não dedicava tantos esforços para cobrir a área ambiental no Brasil como ocorreu nos últimos três anos. E isso ajudou a colocar um enorme holofote sobre o tamanho do estrago que estamos vivendo. Infelizmente não temos um governo sensível a esse tipo de pressão”.

Terra boa

Das experiências positivas e promissoras, a jornalista cita o turismo de base comunitária realizado na comunidade do Jamaraquá, dentro da Flona do Tapajós, e o cultivo de cacau em Medicilândia, município com pouco mais de 30 mil habitantes à beira da Transamazônica e maior produtora de cacau do Pará.

Giovana Girardi, do podcast ‘Tempo Quente’. Foto: Cláudio Angelo/Arquivo pessoal

“São alternativas econômicas interessantes para as populações locais, melhores do que outras práticas mais predatórias, e que mantêm a floresta em pé”.

Fervura

O podcast “Tempo Quente” não fala só do Pará. Hoje no sétimo episódio, aponta os atores por trás de problemas ambientais brasileiros, ou seja, quem está ganhando e como.

“Desde o começo, a gente teve a preocupação de fazer um programa que não fosse somente sobre ciência e ambiente, mas sobre lobbies, sobre política e economia, sobre interesses de poucos em detrimento do bem-estar de muitos, sobre uma série de questões que impactam o nosso próprio dia a dia, do preço da conta de luz ao cafezinho cada vez mais caro no supermercado”, diz Giovana.

O objetivo, segundo ela, é “mostrar que as decisões tomadas em Brasília impactam no que vai ocorrer na Amazônia, que vai impactar a plantação de soja no Cerrado e a geração de energia no Sudeste do País”, ou seja, em última instância a vida de todos nós.

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