A parcela de brasileiros que nega os riscos das mudanças climáticas aumentou nos últimos meses, Ainda assim, a maioria, 53%, ainda se preocupa e outros 35% afirmam que a crise climática será um risco para as pessoas que viverão daqui a muitos anos. Os números, da mais recente pesquisa do Datafolha sobre o tema, revela a importância da COP30, a grande reunião sobre o clima que vai acontecer em Belém em novembro. Ela pode ajudar a mostrar a urgência do problema para todo mundo.
Os vários eventos extremos como ondas de calor sucessivas e secas na Amazônia e no Pantanal, além da tempestade que colocou o Rio Grande do Sul praticamente inteiro debaixo d’água, no ano passad, não foram suficientes para impedir que, em menos de um ano, o percentual de negacionistas no País quase dobrasse. De 5% passou para 9%.
O número de pessoas que enxergam risco imediato nas mudanças do clima subiu apenas um ponto percentual entre junho do ano passado [52%] e abril. Mas, em outubro, esse índice era de 60%. Ou seja, houve uma queda de sete pontos percentuais em cerca de seis meses.
Quanto a quem acredita que a crise climática será um risco para o futuro, o percentual saiu de 32% em outubro do ano passado para 35% agora. No entanto, o índice atual é menor que o verificado em junho de 2024, quando 43% viam riscos futuros.