Close Menu
Pará Terra BoaPará Terra Boa
  • COP30
  • GENTE DA TERRA
  • ECONOMIA
  • AGRICULTURA
  • MEIO AMBIENTE
  • CULTURA
  • SOBRE
  • CONTATO
Últimas notícias

Intoxicações por agrotóxicos crescem 545% com avanço da soja e milho no Pará

MEIO AMBIENTE

MPF pede suspensão de licença na Foz do Amazonas por falta de reparação a pescadores

MEIO AMBIENTE

COP30 foi a quarta maior da história

COP30
Facebook Instagram LinkedIn
1.
  • Intoxicações por agrotóxicos crescem 545% com avanço da soja e milho no Pará
  • MPF pede suspensão de licença na Foz do Amazonas por falta de reparação a pescadores
  • COP30 foi a quarta maior da história
  • Governo cria comitê técnico para apoiar funcionamento do mercado de carbono
  • Produtores paraenses são destaque no 7º Concurso Nacional de Cacau Especial do Brasil
10 de dezembro de 2025
Pará Terra BoaPará Terra Boa
Facebook Instagram
  • COP30
  • GENTE DA TERRA
  • ECONOMIA
  • AGRICULTURA
  • MEIO AMBIENTE
  • CULTURA
Pará Terra BoaPará Terra Boa
Home»MEIO AMBIENTE»Intoxicações por agrotóxicos crescem 545% com avanço da soja e milho no Pará
MEIO AMBIENTE 10 de dezembro de 2025

Intoxicações por agrotóxicos crescem 545% com avanço da soja e milho no Pará

Indígenas, quilombolas e agricultores familiares de Santarém, Belterra e Mojuí dos Campos são os mais prejudicados
WhatsApp Facebook LinkedIn Incorpore mídia (YouTube, Twitter, Flickr etc) diretamente em tópicos e respostas Email
Campos de soja tomam estrada que dá acesso à área Munduruku no Planalto Santareno Foto: José Marcos Tapajós/Tapajós de Fato
Compartilhar
WhatsApp Facebook Incorpore mídia (YouTube, Twitter, Flickr etc) diretamente em tópicos e respostas LinkedIn Email

O avanço do agronegócio de soja e milho no oeste paraense está provocando uma grave crise de saúde pública, com os municípios do Planalto Santareno — Santarém, Belterra e Mojuí dos Campos — registrando uma explosão de 545% nos casos de intoxicação por agrotóxicos nos últimos cinco anos.

Segundo o Painel VSPEA do Ministério da Saúde, a região somou 200 casos não intencionais entre 2021 e 2025 (contra 31 no quinquênio anterior), contribuindo com 10% do total de intoxicações do Pará na última década. Este ritmo de contaminação é quatro vezes maior que o aumento estadual, que foi de 150%.

O levantamento do Tapajós de Fato e Repórter Brasil mostra que a área de monocultura triplicou (para 217 mil hectares) em uma década, invadindo o entorno de comunidades indígenas (Munduruku e Apiaká), quilombolas e pequenos agricultores.

Líderes da aldeia Munduruku Açaizal, em Santarém, que é rotineiramente atingida por pulverizações, relatam a impossibilidade de manter o modo de vida,

“Tem dias que a gente precisa sair de casa, parar de almoçar ou fechar a casa, porque não aguenta esse fedor. Dá ânsia”.

Na aldeia Açaizal vivem cerca de 50 famílias da etnia Munduruku, que estão cercadar por vastos campos de soja e milho, resultando em uma rotina de exposição constante às pulverizações de agrotóxicos.

Uma liderança do território relembra a vida de antes, marcada pela abundância,

“A gente tinha muitas riquezas naturais, caçava, pescava, colhia frutas. Ninguém passava necessidade”.

Contudo, a paisagem foi drasticamente transformada a partir de 2003, impulsionada pela instalação do porto da Cargill em Santarém. O avanço das monoculturas substituiu as áreas de floresta por grandes lavouras.

Dados do sistema Prodes do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) apontam que o desmatamento acumulado em Belterra, Mojuí dos Campos e Santarém atingiu 97 mil hectares nos últimos 15 anos. O ritmo de devastação se acelerou recentemente, com 61 mil hectares de floresta derrubados apenas entre 2021 e 2025.

 Pesquisas da Ufopa e Evandro Chagas confirmam os danos

A ciência produzida no Pará comprova a dimensão da ameaça. Pesquisas da Ufopa (Universidade Federal do Oeste do Pará) e do Instituto Evandro Chagas revelam que a exposição contínua ao veneno (sendo 90% dos casos ligados à soja) causa danos severos e crônicos:

  • Danos Neurológicos e Crônicos: Um estudo da Ufopa apontou um aumento de 667% nas mortes por doenças do sistema nervoso em Belterra, com a doença de Alzheimer associada ao uso de agrotóxicos por idosos. Além disso, foram identificados déficits visuais em moradores próximos às plantações, indicando exposição contínua.
  • Glifosato e Saúde Feminina: Pesquisas na região associam o uso do glifosato a sintomas neurológicos e alterações na saúde reprodutiva das mulheres.

“Tem comunidades inteiras que a gente só vê a soja mesmo”, conta Sileuza Barreto, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais da Agricultura Familiar de Mojuí dos Campos. “As famílias que utilizavam os igarapés para seu próprio lazer ou para consumo, hoje em dia não usam mais por estarem impróprios”, continua.

MPF aciona Justiça contra a omissão do Pará

Diante da omissão de fiscalização – o próprio governo do Pará admitiu ao MPF nunca ter fiscalizado o Planalto Santareno até 2022 – o MPF (Ministério Público Federal) acionou a Justiça Federal. A Procuradoria cobra da União, do estado e da prefeitura de Santarém um “plano emergencial” que garanta distâncias mínimas de segurança entre a pulverização e as aldeias, quilombos e escolas. O MPF sustenta que a omissão na fiscalização coloca vidas em risco.

A luta das comunidades, como afirma a liderança Munduruku, é pela existência.

“A gente quer continuar vivendo aqui, onde nossos antepassados estão enterrados. É o nosso lar, o nosso território sagrado”

agricultores familiares agronegócio agrotóciscos indígenas intoxiação milho Munduruku PRINCIPAL quilombolas soja
Compartilhar. WhatsApp Facebook Incorpore mídia (YouTube, Twitter, Flickr etc) diretamente em tópicos e respostas LinkedIn Email
Artigo AnteriorMPF pede suspensão de licença na Foz do Amazonas por falta de reparação a pescadores

Você pode gostar também de

MEIO AMBIENTE

MPF pede suspensão de licença na Foz do Amazonas por falta de reparação a pescadores

MEIO AMBIENTE

2025 deve empatar com 2023 como o segundo ano mais quente da história

MEIO AMBIENTE

Lula dá 60 dias para ministérios criarem roteiro para fim dos combustíveis fósseis

ECONOMIA

Rastreabilidade muda a realidade de pequenos e médios produtores do Pará

Busque em nosso site
Previsão do tempo

+32
°
C
+33°
+21°
Altamira (Para)
Domingo, 30
Ver Previsão de 7 Dias

 

+33
°
C
+33°
+20°
Sao Felix do Xingu
Domingo, 30
Ver Previsão de 7 Dias

 

+32
°
C
+32°
+23°
Belém
Domingo, 30
Ver Previsão de 7 Dias

 

Curta Nossas Redes Sociais
  • Facebook
  • Instagram
Acesse nosso WhatsApp
WhatsApp
Envie sua notícia

Quer compartilhar uma notícia ou acontecimento da sua região?

Envie para a nossa redação!

    Publicidade
    Publicidade

    Aqui você encontra notícias boas para a gente boa desta terra boa que é o nosso Pará.

    Siga, comente e compartilhe nossos perfis nas redes sociais.

    Reprodução permitida, mas cite a fonte por favor!

    Facebook Instagram
    ENTRE EM CONTATO

    ANUNCIE NO PARÁ TERRA BOA

    Confira o Mídia Kit e contatos aqui

    ENVIE SUAS IDEIAS

    Queremos conhecer bons exemplos de quem cuida da nossa terra boa! Mande sua história ou de terceiros no WhatsApp para (91) 99187-0544 ou no formulário de contato aqui. 

    LEIA NOSSAS MATÉRIAS
    • COP30
    • GENTE DA TERRA
    • ECONOMIA
    • AGRICULTURA
    • MEIO AMBIENTE
    • CULTURA
    POLÍTICAS DO SITE

    Política de Privacidade

    Política de Cookies 

    © 2025 Pará Terra Boa.
    • SOBRE
    • CONTATO

    Digite acima e pressione Enter para pesquisar. Pressione Esc cancelar.

    Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes. Ao continuar navegando, você concorda com estas condições. Confira a política de utilização de cookies.
    ConfiguraçõesAceitar
    Gerenciar consentimento

    Visão geral da privacidade

    Este site usa cookies para melhorar a sua experiência enquanto navega pelo site. Destes, os cookies que são categorizados como necessários são armazenados no seu navegador, pois são essenciais para o funcionamento das funcionalidades básicas do site. Também usamos cookies de terceiros que nos ajudam a analisar e entender como você usa este site. Esses cookies serão armazenados em seu navegador apenas com o seu consentimento. Você também tem a opção de cancelar esses cookies. Porém, a desativação de alguns desses cookies pode afetar sua experiência de navegação.
    Funcional
    Os cookies funcionais ajudam a realizar certas funcionalidades, como compartilhar o conteúdo do site em plataformas de mídia social, coletar feedbacks e outros recursos de terceiros.
    Performance
    Os cookies de desempenho são usados para entender e analisar os principais índices de desempenho do site, o que ajuda a fornecer uma melhor experiência do usuário para os visitantes.
    Analytics
    Cookies analíticos são usados para entender como os visitantes interagem com o site. Esses cookies ajudam a fornecer informações sobre as métricas do número de visitantes, taxa de rejeição, origem do tráfego, etc.
    Propaganda
    Os cookies de publicidade são usados para fornecer aos visitantes anúncios e campanhas de marketing relevantes. Esses cookies rastreiam visitantes em sites e coletam informações para fornecer anúncios personalizados.
    Outros
    Outros cookies não categorizados são aqueles que estão sendo analisados e ainda não foram classificados em uma categoria.
    Necessário
    Os cookies necessários são absolutamente essenciais para o funcionamento adequado do site. Esses cookies garantem funcionalidades básicas e recursos de segurança do site, de forma anônima.
    açaí
    tarifaço
    economia
    prejuízo
    destaque
    SALVAR E ACEITAR