Embora o desmatamento na Amazônia tenha subido 92%, em maio. houve redução das áreas desmatadas, entre agosto de 2024 e maio de 2025. Isso graças a intensificação da fiscalização do Ibama e do ICMBio na Amazônia, que registrou queda de 30,6% na destruição florestal em relação ao período anterior.
O cerco ao desmatamento ilegal realizado pelo Ibama e ICMBio na Amazônia levou à aplicação de R$ 3,1 bilhões em multas ambientais, embargos sobre mais de 561 mil hectares e responsabilização direta de frigoríficos, bancos e propriedades rurais entre agosto de 2024 e maio de 2025, segundo dados divulgados na sexta-feira, 6, pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA).
O trabalho incluiu fiscalizações específicas sobre o financiamento ilegal a desmatadores. A Operação Carne Fria 2, por exemplo, investigou 69 propriedades e multou 23 frigoríficos, totalizando R$ 364,5 milhões em penalidades. Cerca de 8.854 unidades de gado foram apreendidas. Já a Operação Caixa Forte resultou na autuação de três instituições financeiras, com R$ 3,63 milhões em multas.
A atuação foi apoiada por seis bases operacionais em estados da Amazônia Legal: Pará, Amazonas, Rondônia e Mato Grosso. Além disso, a fiscalização remota — por satélite — também gerou embargos em áreas desmatadas ilegalmente em anos recentes, principalmente nos municípios críticos da Amazônia. Em paralelo, os órgãos de controle emitiram notificações para impedir a ocupação dessas áreas, medida prevista em lei.