O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgou que os alertas de desmatamento na Amazônia Legal tiveram um aumento de 4% na temporada 2024/2025. Apesar do crescimento, o governo federal destaca que este é o segundo menor resultado já registrado na série histórica. Os dados são do sistema Deter, que monitora a alteração da cobertura florestal.
Foram 4.495 km² desmatados nos últimos 12 meses contra 4.321 km² de 2023/2024, quando houve a maior redução de destruição do bioma na série histórica (quase 50%),

O fogo foi o principal responsável pela destruição da vegetação na Amazônia, segundo dados do sistema Deter. Essa tendência surge após o ano de 2024, que registrou um recorde de queimadas e incêndios florestais no bioma.
No Pará, no entanto, houve queda de 21%, uma ótima notícia para quem vai sediar a COP30 em novembro. Foram 1.325 km² desmatados contra 1.681 km² do período anterior. Ainda assim, o estado foi responsável por 29,5% do desmtamento em toda a Amazônia.

Houve grande queda no Pantanal, onde a supressão de vegetação recuou 72%, e no Cerrado, onde caiu 21%.
O desafio do fogo
O secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, ressaltou que, se não fosse pelo impacto das queimadas, a derrubada de vegetação por corte raso, ” que historicamente vinha degradando a Amazônia desde o fim do regime militar”, a Amazônia teria uma queda de 8% em relação ao ano passado e teria atingido o menor índice da história.
“Os incêndios se tornaram um desafio novo”, afirmou.
Na temporada anterior (2023/2024), a área sob alerta de desmatamento na Amazônia foi de 4.321 km². Em 2020, ano de maior total de alertas, a área chegou a 9.216 km².
A ministra Marina Silva afirmou que o índice é fruto de um grande esforço para coibir o desmatamento ilegal, mas que além disso é necessário também conseguir reduzir o a destruição que acontece dentro da lei.
Situação por estado na Amazônia
Os dados do Deter revelam um panorama misto entre os estados da Amazônia Legal:
Pará: Queda de 21% (1.325 km²)
Rondônia: Queda de 35% (194 km²)
Mato Grosso: Aumento de 74% (1.636 km²)
Amazonas: Aumento de 3% (814 km²)
Acre: Aumento de 12,3% (238 km²)
Roraima: Queda de 23,7% (206 km²)