O garimpo ilegal na Terra Indígena Kayapó, no sul do Pará, teve perda de R$ 12 milhões nas duas últimas semanas. O resultado é consequência do aumento da fiscalização, segundo o governo federal.
No dia 2 de maio, o governo federal iniciou uma operação para a retirada de invasores da TI Kayapó. A área enfrenta problemas relacionados ao garimpo ilegal, grilagem de terras, pecuária irregular e extração ilegal de madeira. O garimpo ilegal já destruiu cerca de 274 hectares de mata nativa na região.4
As forças integradas destruíram máquinas pesadas, como retroescavadeiras e balsas, além de bares, prostíbulos, depósitos e alojamentos usados pelos garimpeiros.
As ações se concentraram nos garimpos mais críticos, como Rio Branco, Maria Bonita, Pista Branca e Cumaruzinho.
A operação é coordenada pela Casa Civil e pelo Ministério dos Povos Indígenas e conta com apoio de 20 órgãos federais, como Polícia Federal, Ibama, Força Nacional e Exército.
De acordo com Nilton Tubino, assessor da Casa Civil e coordenador da operação, o garimpo aumentou no território Kayapó, superando o registrado no território Yanomami. Existem quatro grandes áreas de garimpo, totalizando cerca de 18 mil hectares, de acordo com o monitoramento feito pelo governo federal.
O monitoramento da região mostra que os invasores fogem com a presença do Estado. A ação é baseada em decisão do Supremo Tribunal Federal.