Pará Terra BoaPará Terra Boa
  • COP30
  • GENTE DA TERRA
  • ECONOMIA
  • AGRICULTURA
  • MEIO AMBIENTE
  • CULTURA
  • SOBRE
  • CONTATO
Últimas notícias

Pré-COP30 em Brasília faz campanha por mais financiamento para adaptação

COP30

Polícia Federal lança carimbo comemorativo da COP30 em Belém

COP30

Príncipe William confirma presença, enquanto o papa manda representante para COP30

COP30
Facebook Instagram LinkedIn
1.
  • Pré-COP30 em Brasília faz campanha por mais financiamento para adaptação
  • Polícia Federal lança carimbo comemorativo da COP30 em Belém
  • Príncipe William confirma presença, enquanto o papa manda representante para COP30
  • Projeto de R$ 135 milhões vai transformar áreas degradadas em agroflorestas de cacau
  • Círio de Nazaré 2025 reúne 2,5 milhões de fiéis com atenção especial para turistas estrangeiros
14 de outubro de 2025
Pará Terra Boa Pará Terra Boa
Facebook Instagram
  • COP30
  • GENTE DA TERRA
  • ECONOMIA
  • AGRICULTURA
  • MEIO AMBIENTE
  • CULTURA
Pará Terra BoaPará Terra Boa
Home»GENTE DA TERRA»Uma das maiores revoluções do Brasil, Cabanagem celebra 187 anos
GENTE DA TERRA 7 de janeiro de 2022

Uma das maiores revoluções do Brasil, Cabanagem celebra 187 anos

WhatsApp Facebook LinkedIn Incorpore mídia (YouTube, Twitter, Flickr etc) diretamente em tópicos e respostas Email
O livro de Gian Danton sobre a Cabanagem conta com ilustrações de Andrei Miralha, Otoniel Oliveira, Rafael Senra, Roberto Oliveira, Antonio Eder, Romahs e Igun D´jorge.
Compartilhar
WhatsApp Facebook Incorpore mídia (YouTube, Twitter, Flickr etc) diretamente em tópicos e respostas LinkedIn Email

Esta sexta-feira, 7/01, é uma data importante do calendário paraense. Marca os 187 anos do Movimento Cabano, a única revolução que levou o povo ao poder com a tomada do Palácio do Governo.

Homens, mulheres, indígenas, negros e caboclos participaram de uma das maiores revoluções do Brasil. Insatisfeitos com as opressões sofridas pela camadas populares, vários grupos se uniram para ascender ao poder e dar ao povo liberdade, dignidade, igualdade e libertação.

A revolução durou entre os anos 1835 e 1840 e marcou a história do Estado do Pará e da cidade de Belém.

Maior movimento popular do País

Segundo o historiador e professor da Universidade Federal do Pará (UFPA), José Alves, o movimento pode ser considerado o maior da história do Brasil.

“Foi o maior movimento popular da história do Brasil até hoje e de cunho nitidamente revolucionário, pois contemplou três características, envolvimento popular, violência política e um novo projeto político”, disse.

Com o passar do tempo, a memória da Cabanagem foi perdendo força e espaço no meio popular e acadêmico. Segundo o historiador José Alves, a recuperação da memória do movimento ocorreu entre os anos de 1996 e 2000.

“No inicio do século XIX, a exploração e as opressões que violentavam as comunidades indígenas, negros e pobres fizeram com que o povo cabano buscasse a revolução no Grão-Pará. O nosso povo acreditou na sua capacidade de organizar e lutar, e na possibilidade de construir dias melhores”, ressalta o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues.

Vários espaços urbanos de Belém revivem o Movimento da Cabanagem. Um dos mais conhecidos é o Memorial da Cabanagem, localizado no entroncamento, e produzido pelo arquiteto Oscar Niemeyer.

Mas outros pontos da cidade também relembram a revolução, como a praça Batista Campos, nome de um dos presidentes cabanos, as ruas dos 48 e 13 Maio, que lembram datas marcantes, envolvendo o movimento, e a igreja das Mercês.

“Têm algumas marcas na cidade que lembram a Cabanagem, são coisas muito soltas e que muitas pessoas não conhecem a história”, diz a professora e historiadora Edilza Fontes.

História

A Cabanagem foi uma revolução popular que ocorreu na Província do Grão-Pará (atual Estado do Pará) – formada pelos menos abastados da área urbana, membros da elite local e por pessoas que moravam em cabanas à beira dos rios, conhecidas como cabanos ou ribeirinhos.

O movimento foi motivado pelo abandono social por parte do Governo Regencial (1831–1840), que levou o povo à pobreza e falta de emprego. Até a elite local estava descontente com o Governo, e todos queriam a independência da região.

Segundo Luís Balkar Sá Peixoto Pinheiro, professor titular na Universidade Federal do Amazonas e autor de “Visões da Cabanagem: Uma revolta popular e suas representações na historiografia” (Manaus, Ed. Valer, 2019), estimativas de época apontam que a repressão à Cabanagem respondeu por cerca de 2/3 do total de 40.000 mortos no conflito.

Ele informa que a cronologia da Cabanagem é difícil de se estabelecer com precisão, em especial por ser ela a culminância de um complexo quadro de tensões e insurgências que no Grão-Pará ia se avolumando desde, pelo menos, o processo de Independência.

Seu período de maior radicalidade, no entanto, ocorre a partir de 7 de janeiro de 1835 – quando facções rebeldes lideradas por Félix Malcher invadem a cidade de Belém, matam as principais autoridades e se apropriam do governo – até 13 de maio de 1836, quando ocorre a retomada da cidade pelas forças locais enviadas pela Regência.

Nesse percurso, ocorreram três governos cabanos, sendo o primeiro de Malcher, seguido pelo de Francisco Vinagre e, por fim o de Eduardo Angelim. Perdida Belém, diversos grupos rebeldes continuaram a atuar no interior da vasta província, ocupando de forma efêmera diversas vilas e freguesias, pelo menos até 1840.

Complexa e multifacetada, a revolta articulou, em janeiro de 1835, dois movimentos de tensões que há anos vinham se delineando na Província do Grão-Pará, sendo o primeiro deles uma oposição entre segmentos da cúpula oligárquica. Seu principal ator foram proprietários e fazendeiros nacionais, em expansão cada vez maior desde o final do século XVIII.

Embora enriquecido com a exploração da terra e das chamadas drogas do sertão (produtos extrativos da floresta, como salsaparrilha, anil, canela, urucum, cravo, baunilha e cacau selvagem), sua consolidação como elite esbarrava na reação imposta pelo segmento comercial exportador, de origem portuguesa.

Desde a Revolução Liberal do Porto, em 1820, as manifestações contra a dominação portuguesa se agudizaram por todo o País e alcançaram o Grão-Pará, então administrado por uma junta composta por comerciantes portugueses e, portanto, refratária aos interesses do segmento agrário, no qual pontificavam droguistas, proprietários e lavradores “nacionais”.

O segundo movimento de tensão, bem mais amplo e longevo, tinha como atores os segmentos populares que, de longa dada, organizavam revoltas e insurreições cada vez mais frequentes e com maior radicalidade, sendo uma das mais destacadas a ocorrida em 1832 na Vila da Barra do Rio Negro (Manaus).

O povo enfrentava a crueldade trabalhista dos portugueses, além do recrutamento militar que, na prática, obrigava outras modalidades de trabalho compulsório, mascarando, desta forma, a escravização da população pobre.

A violência do recrutamento militar e os maus-tratos aos recrutas foram, inclusive, o mote para a insurreição de 1832 em Manaus. Oriunda de um motim da tropa, o movimento, alcançando os populares, logo se transformou em insurreição aberta de grandes proporções que culminou com o assassinato das duas maiores autoridades (civil e militar) da Comarca do Alto Amazonas.

A massa pobre composta principalmente de índios, tapuios e mamelucos se insurgiu contra o recrutamento militar forçado e seus agentes. Em conjunto, reivindicavam o acesso à terra e o direito de dela tirar sua subsistência.

O movimento foi massacrado pelas forças de uma Regência como exemplo para outras províncias periféricas insatisfeitas com o arranjo político que produziu o Brasil independente. Ensanguentado e destruído, o Grão-Pará voltaria a trilhar o caminho da ordem.

O perigo de outra sublevação popular, no entanto, jamais desapareceria. De dentro da Corveta Defensora, o navio prisão fundeado em Belém e para onde foram mandados milhares de cabanos, o rebelde Pedro Fernandes de Souza – segundo consta no códice 1130 do Arquivo Público do Estado do Pará – vaticinava que o “tempo cabanal há de tornar” e que essa “… outra Cabanagem … será muito pior que a passada”.

Indicações de leitura

“As mulheres na Cabanagem: presença feminina no Pará insurreto”, de Eliana Ramos;
“O negro na Formação da Sociedade Paraense”, de Vicente Salles;
“Rebelião na Amazônia: Cabanagem, raça e cultura popular no Norte do Brasil”, de Mark Harris e
“Bernardo de Sena – negro, cabano e “prefeito”, de Patrícia Sampaio.

Texto: Agência Belém e Luís Balkar Sá Peixoto Pinheiro

187 anos Cabanagem cabanos revolução Revolução Cabana
Compartilhar. WhatsApp Facebook Incorpore mídia (YouTube, Twitter, Flickr etc) diretamente em tópicos e respostas LinkedIn Email
Artigo AnteriorGoverno alerta para elevação do nível do rio Tocantins
Próximo Artigo Relatório aponta que quase totalidade de multas ambientais está parada

Você pode gostar também de

GENTE DA TERRA

Quilombola cria banco de sementes para reflorestar áreas desmatadas em Portel

GENTE DA TERRA

Feirante e chef premiada, paraense leva raízes da agricultura familiar à sala de aula

GENTE DA TERRA

Casal transforma tenda em restaurante de influência ribeirinha de olho na COP30

GENTE DA TERRA

Da floresta à taça: Pará inova e cria vinho com sabor de Amazônia

Busque em nosso site
Previsão do tempo

+32
°
C
+33°
+21°
Altamira (Para)
Domingo, 30
Ver Previsão de 7 Dias

 

+33
°
C
+33°
+20°
Sao Felix do Xingu
Domingo, 30
Ver Previsão de 7 Dias

 

+32
°
C
+32°
+23°
Belém
Domingo, 30
Ver Previsão de 7 Dias

 

Curta Nossas Redes Sociais
  • Facebook
  • Instagram
Acesse nosso WhatsApp
WhatsApp
Envie sua notícia

Quer compartilhar uma notícia ou acontecimento da sua região?

Envie para a nossa redação!

    Publicidade
    Publicidade

    Aqui você encontra notícias boas para a gente boa desta terra boa que é o nosso Pará.

    Siga, comente e compartilhe nossos perfis nas redes sociais.

    Reprodução permitida, mas cite a fonte por favor!

    Facebook Instagram
    ENTRE EM CONTATO

    ANUNCIE NO PARÁ TERRA BOA

    Confira o Mídia Kit e contatos aqui

    ENVIE SUAS IDEIAS

    Queremos conhecer bons exemplos de quem cuida da nossa terra boa! Mande sua história ou de terceiros no WhatsApp para (91) 99187-0544 ou no formulário de contato aqui. 

    LEIA NOSSAS MATÉRIAS
    • COP30
    • GENTE DA TERRA
    • ECONOMIA
    • AGRICULTURA
    • MEIO AMBIENTE
    • CULTURA
    POLÍTICAS DO SITE

    Política de Privacidade

    Política de Cookies 

    © 2025 Pará Terra Boa.
    • SOBRE
    • CONTATO

    Digite acima e pressione Enter para pesquisar. Pressione Esc cancelar.

    Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes. Ao continuar navegando, você concorda com estas condições. Confira a política de utilização de cookies.
    ConfiguraçõesAceitar
    Gerenciar consentimento

    Visão geral da privacidade

    Este site usa cookies para melhorar a sua experiência enquanto navega pelo site. Destes, os cookies que são categorizados como necessários são armazenados no seu navegador, pois são essenciais para o funcionamento das funcionalidades básicas do site. Também usamos cookies de terceiros que nos ajudam a analisar e entender como você usa este site. Esses cookies serão armazenados em seu navegador apenas com o seu consentimento. Você também tem a opção de cancelar esses cookies. Porém, a desativação de alguns desses cookies pode afetar sua experiência de navegação.
    Funcional
    Os cookies funcionais ajudam a realizar certas funcionalidades, como compartilhar o conteúdo do site em plataformas de mídia social, coletar feedbacks e outros recursos de terceiros.
    Performance
    Os cookies de desempenho são usados para entender e analisar os principais índices de desempenho do site, o que ajuda a fornecer uma melhor experiência do usuário para os visitantes.
    Analytics
    Cookies analíticos são usados para entender como os visitantes interagem com o site. Esses cookies ajudam a fornecer informações sobre as métricas do número de visitantes, taxa de rejeição, origem do tráfego, etc.
    Propaganda
    Os cookies de publicidade são usados para fornecer aos visitantes anúncios e campanhas de marketing relevantes. Esses cookies rastreiam visitantes em sites e coletam informações para fornecer anúncios personalizados.
    Outros
    Outros cookies não categorizados são aqueles que estão sendo analisados e ainda não foram classificados em uma categoria.
    Necessário
    Os cookies necessários são absolutamente essenciais para o funcionamento adequado do site. Esses cookies garantem funcionalidades básicas e recursos de segurança do site, de forma anônima.
    açaí
    tarifaço
    economia
    prejuízo
    destaque
    SALVAR E ACEITAR