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Home»ECONOMIA»Site revela pressão do presidente do Ibama para liberar mineradora de ouro no Pará
ECONOMIA 28 de março de 2022

Site revela pressão do presidente do Ibama para liberar mineradora de ouro no Pará

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Imagens de satélite mostram que a mineradora Gana Gold está em atividade desde janeiro. Imagens: 2022 CNES / Distribution Airbus DS / Earthrise
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A realidade da área dos garimpos no Pará sempre foi marcada por ilegalidades, violência e ameaça à saúde de ribeirinhos e indígenas. O site The Intercept Brasil publicou no sábado, 26/03, uma reportagem que aborda esta situação.

De acordo com o site, mensagens publicadas no aplicativo WhatsApp mostram que o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Eduardo Fortunato Bim, pressionou o então superintendente do órgão no Estado do Pará com o objetivo de derrubar embargos contra a mineradora Gana Gold.

A mineradora conseguiu extrair mais de R$ 1 bilhão em ouro de uma unidade de conservação federal com licença ambiental irregular. As informações foram compartilhadas por uma fonte anônima e checadas pelo “Intercept Brasil”.

A empresa de mineração foi embargada pelo Ibama no dia 09 de setembro do ano passado, durante a operação Gold Rush, da Polícia Federal. No decorrer da ação policial, cerca de 30 agentes federais cumpriram mandados de busca e apreensão de amostras de ouro na mineradora localizada na região garimpeira Água Branca, em Itaituba, no sudoeste do Pará.

Além disso, os policiais federais analisaram o ouro da mina que tem as mesmas características geológicas de uma carga de 39 kg de ouro ilegal apreendida no aeroporto do município de Jundiaí (SP), no mês anterior. A Polícia Federal prendeu um homem em flagrante por portar uma arma com a numeração raspada.

Corrupção no Ibama?

Precisamente quatro dias depois da realização da operação Gold Rush, o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles enviou mensagens para o superintendente do Ibama, o policial militar Washington Luís Rodrigues, que chegou ao cargo pelas mãos de Salles.

As primeiras mensagens vinham de Fernando Leme, chefe de gabinete da presidência do Ibama, e que tinham como conteúdo a solicitação de uma audiência com o superintendente. Uma das mensagens foi encaminhada para o advogado da Gana Gold, Arthur Mendonça Vargas Júnior.

O superintendente perguntou o número do processo e respondeu: ‘Não vamos prometer nada, né’. O chefe de gabinete concordou que a audiência seria ‘sem prometer nada’, mas pediu para fazer o que fosse “possível”, e mandou uma cópia da petição apresentada pelo advogado e uma foto do cartão dele.

No outro dia (14/09), a pressão veio diretamente de Eduardo Bim, o presidente do Ibama, que mandou uma foto da petição do advogado da Gana Gold, mesmo documento que havia sido enviado no dia anterior pelo chefe de gabinete.

Além de enviar a foto da petição, o presidente do Ibama escreveu para Washington Rodrigues que era para o superintendente ver “rápido” a situação do processo. O superintendente respondeu que o processo da Gana Gold estava “na Cofis”, a Coordenação de Fiscalização do órgão, em Brasília.

Bim demonstrou irritação: “Pqp”.

Na mesma conversa, Bim enviou dois áudios para Washington: o primeiro perguntando o porquê do processo de embargo ter sido encaminhado para a Cofis; o segundo já é mais direto sobre a intenção do presidente do Ibama.

“Ô Washington, dá um jeito nesse processo aí, cara, porque parece que tem uma licença estadual que foi expedida no dia do embargo. Eles [fiscais do Ibama] contestaram a licença municipal, mas mesmo que a licença municipal não valha, hoje tem a estadual, então fala pro pessoal analisar isso aí rápido”, disse o presidente do Ibama no áudio.

“À primeira vista, não há nada de incomum em um superior hierárquico solicitar algo a um servidor a ele subordinado. Todavia, os atos administrativos, por força constitucional, não podem prescindir de transparência e impessoalidade. Assim, diante do que se apresenta nesse caso concreto, seria importante investigar a observância desses princípios para avaliar se houve, ou não, alguma forma de privilégio e, até mesmo, tráfico de influência”, disse Carolina Santana, doutoranda em Direito Constitucional pela UnB, a Universidade de Brasília, e advogada especialista em causas indígenas e ambientais, para a equipe de reportagem do site.

Sem a licença 

Para que a Gana Gold pudesse operar em nível industrial era necessária uma licença que deveria ser emitida pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas). Além deste documento, também havia uma outra exigência – como a mina fica numa Área de Proteção Ambiental do Tapajós, a secretaria deveria consultar o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão que gerencia e fiscaliza as unidades de conservação no Brasil.

Porém, a empresa durante dois anos operou sem esta licença da Semas, como também sem a autorização do ICMBio. E coincidentemente no dia da operação Gold Rush, realizada em parceria com a Polícia Federal e com Ibama, a coordenadoria regional do município de Itaituba da Semas emitiu uma licença ambiental para a empresa.

Informações anônimas 

A mesma fonte anônima que entregou os áudios e chats para a equipe de reportagem do “Intecept” disse também que o ex-superintendente declarou à PF que Bim mencionou em conversa telefônica que “um deputado federal amigo” intercedeu a favor da Gana Gold, que era Joaquim Passarinho, do PSD.

Em setembro de 2019, época em que a prefeitura de Itaituba deu a licença ambiental irregular para a Gana Gold, Passarinho ciceroneou o consultor da mineradora Guilherme Aggens e o secretário municipal de Meio Ambiente de Itaituba, Bruno Rolim, em gabinetes no Planalto, com o então ministro da Casa Civil, deputado Onyx Lorenzoni.

Salles e cia investigados

Tanto o presidente do Ibama quanto o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles são investigados no Supremo Tribunal Federal, desde junho do ano passado, em um inquérito que apura a possível prática de advocacia administrativa, ou seja, quando um servidor atua a favor de interesses privados perante a administração pública, além de obstrução à fiscalização e embaraço de investigação sobre organização criminosa.

A investigação envolve empresas que exportavam madeira ilegalmente da Amazônia, crime que foi denunciado pelo site Intercept, em março de 2020. Devido a este inquérito, o presidente do Ibama ficou afastado do cargo de presidente da instituição por 90 dias, no ano passado, em decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF.

Em nota, o Ibama não negou para o site os fatos denunciados, apenas citou que a presidência do órgão “pediu celeridade à superintendência estadual”. Na quinta-feira, 24 de março, três dias após a equipe de reportagem do “Intercept” ter pedido um posicionamento do Ibama citando a denúncia de Rodrigues, o governo publicou a exoneração do superintendente do órgão no Pará.

Washington Luís Rodrigues afirmou que prestou depoimento voluntário na Polícia Federal em Belém, em 17 de novembro, e que na ocasião relatou a delegados da PF “informações sobre a conduta do presidente do Ibama, Eduardo Bim, após o embargo da Gana Gold”.

Gana Gold voltou a atuar

Houve pressão de todos os lados para o retorno das atividades da mineradora Gana Gold, tanto nos gabinetes de Brasília, quanto pelos advogados da empresa, que buscaram a Justiça Federal para tentar reverter os embargos aplicados pelo Ibama e pelo ICMBio.

O órgão responsável pela gestão de unidades de conservação embargou a mina em 23 de setembro de 2021, uma semana após o site revelar as falhas grosseiras no licenciamento da mineradora.

Os dois órgãos ambientais federais já emitiram mais de R$ 15 milhões em multas contra a Gana Gold por causa da mina irregular de Itaituba.

Nada disso impediu a empresa de ter vitórias judiciais sobre os dois embargos no mês seguinte. Em outubro de 2021, a juíza Lorena Sousa Costa citou em sua decisão liminar a licença de operação 12.999/2021, concedida pela Semas e suspensa por falha processual no dia 21 do mesmo mês.

Ou seja, quando a juíza suspendeu o embargo da Gana Gold, a licença que ela usou como justificativa para a decisão estava inválida havia 17 dias.

Para a volta da operação, porém, ainda faltava derrubar um segundo embargo, o do ICMBio. A Gana Gold nem precisou esperar muito.

Em 28 de outubro, o juiz federal Domingos Daniel Moutinho decidiu de forma liminar, que a empresa pudesse operar sem licença por um prazo de seis meses.

Assim, a Gana Gold estaria livre para voltar a minerar. Porém, em 6 de dezembro, após recurso do Ibama, o desembargador federal Antônio de Souza Prudente, do TRF-1, reativou um dos embargos.

Ainda assim, entre dezembro e fevereiro, a empresa já informou a produção de quase 100 kg de ouro puro na mina, mais de R$ 30 milhões na cotação atual do metal.

Imagens de satélite de janeiro deste ano mostram que a empresa está em atividade, com escavadeiras e caminhões ao longo da mina.

Além disso, as imagens revelam que a Gana Gold asfaltou em outubro a pista de pouso construída sem permissão da Agência Nacional de Aviação.

A estrutura foi utilizada de forma clandestina por quase dois anos, até ser registrada na agência janeiro deste ano.

Fonte: The Intercept Brasil

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