O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e o Banco do Brasil (BB) lançaram, nesta semana, uma iniciativa estratégica que promete transformar o acesso ao crédito rural e impulsionar a bioeconomia na Amazônia Legal e no Cerrado. A ação visa a formação de 3.500 agentes de crédito rural especializados em sociobioeconomia, com um potencial de movimentar R$ 200 milhões em financiamentos para comunidades tradicionais, agricultores familiares e povos originários.
O objetivo é garantir que o crédito, que muitas vezes não chega, alcance as comunidades de forma direta e adaptada às suas necessidades.
“Hoje, a realidade é que não há necessariamente escassez de recursos financeiros, mas, sim, de canais de distribuição que capilarizem os recursos nos territórios e dialoguem com a forma como as comunidades locais vivem e produzem”, ponderou a secretária nacional de Bioeconomia do MMA, Carina Pimenta.
A qualificação desses profissionais, que atuarão próximos às comunidades onde residem, é considerada crucial para levar desde o microcrédito até financiamentos mais estruturais.
“As cooperativas e associações comunitárias ganham ao conseguirem ampliar o conhecimento sobre linhas de crédito e educação financeira, e os agentes financeiros ganham ao receberem estímulos para implementar as políticas públicas que são orientadas para beneficiar o público da sociobioeconomia”, disse Carina.
A iniciativa facilitará o acesso a políticas públicas como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). A capacitação abordará temas como planejamento de unidades de produção familiar, tecnologias sustentáveis, transição agroecológica, inclusão de gênero e juventude, associativismo e cooperativismo, entre outros.