O Pará definiu a meta de restaurar 7,2 milhões de hectares de vegetação nativa, buscando integrar a recuperação florestal e a bioeconomia em seu modelo de desenvolvimento. Este objetivo estabelece uma base para a expansão de um mercado que visa gerar renda e empregos no estado.
O Governo do Pará apresentou na COP30, em um encontro que reuniu especialistas, empreendedores e gestores públicos as ações que visam transformar a recuperação florestal em oportunidades econômicas, sociais e ambientais. A discussão, intitulada “Amazônia que Acelera: Negócios da Restauração e Bioeconomia para o Futuro do Pará”, destacou a integração entre políticas públicas, inovação e investimentos voltados à recuperação da floresta no Estado.
Indara Aguila, diretora de Mudanças ClimáticaRepresentando a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SEMAS), disse que a meta de restaurar 7,2 milhões de hectares cria espaço para um mercado impulsionado pela demanda por produtos e serviços sustentáveis.
“Quando falamos de restauração no Pará, estamos falando de gerar renda, criar empregos e fortalecer comunidades inteiras”, afirmou Indara.
O cenário envolve associações, cooperativas, viveiros comunitários, jovens, mulheres rurais e prestadores de serviços ambientais. O desenvolvimento desse mercado exige maior estrutura, capacitação, acesso a crédito, regularização e estratégias específicas.
Ferramentas para operacionalizar as ações
Para estruturar e dar escala ao mercado da bioeconomia e restauração, o Pará criou duas ferramentas:
- Aceleradora de Negócios da Restauração: Este hub de conexões integra políticas públicas, empreendedores e investidores. A iniciativa oferece capacitações, mentorias e apoio à regularização, com o objetivo de impulsionar a restauração produtiva e criar uma vitrine para mercados nacionais e internacionais.
- AcelerAmazônia: É a plataforma digital pública criada pela SEMAS. Ela tem como função mapear negócios, conectar empreendedores, disponibilizar dados, indicadores e ferramentas de capacitação, além de facilitar o acesso a editais e investimentos. A plataforma integra o Plano de Recuperação da Vegetação Nativa do Pará (PRVN-PA), parte da Política Estadual de Mudanças Climáticas, focando na transformação da restauração em oportunidade econômica e social.
O Estado tem atuado para estimular investimentos públicos e privados, apoiar comunidades locais e fortalecer a produção de insumos e mudas nativas, consolidando a restauração como um eixo de sua nova economia.


