Nesta semana, a Universidade Federal do oeste do Pará (Ufopa), em Santarém, sediou o encontro de encerramento do Programa de Aceleração do Projeto Floresta+ Amazônia. Durante o evento, nove empreendimentos locais apresentaram suas soluções inovadoras, reforçando o potencial da bioeconomia como motor do desenvolvimento sustentável.
O programa, que faz parte da Secretaria Nacional de Bioeconomia do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), apoia negócios em estágio avançado, fornecendo mentorias e capacitações para que eles possam ganhar escala e acessar novos mercados.
Cada empreendimento teve a oportunidade de apresentar seu pitch para uma banca especializada e para investidores, mostrando os resultados alcançados, os aprendizados e os planos para o futuro.
Durante o encontro de encerramento, cada representante destacou resultados, aprendizados e planos de expansão. As apresentações foram avaliadas por uma banca especializada e acompanhadas por investidores e atores-chave da bioeconomia.
“A bioeconomia é uma ferramenta essencial para promover o desenvolvimento sustentável na Amazônia. Com esse programa, buscamos estimular práticas que aliam conservação ambiental e geração de renda, fortalecendo um modelo econômico que respeita as particularidades da floresta e de suas populações”, conta Bruna De Vita, diretora do Departamento de Políticas de Estímulo à Bioeconomia do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA).
O assessor técnico da Modalidade Inovação do Projeto Floresta+ Amazônia, Giuliano Guimarães, reforça que o Programa de Aceleração tem um papel fundamental para a conservação da floresta.
“O programa foi uma oportunidade de desenvolver as atividades dos negócios a partir da valorização da sociobioeconomia local, que contribuem para a conservação da floresta. O apoio que foi dado a esses empreendimentos permitirá que essas soluções se materializem, ganhando escala e gerando impactos positivos na região, melhorando ainda mais seus produtos e se consolidando no mercado como marca de produção exclusivamente amazônica”, destacou Giuliano Guimarães.
Confira a lista de negócios participantes:
- Amazonizar-se: democratiza o turismo de base comunitária em Santarém, conectando visitantes a experiências autênticas com comunidades tradicionais
- Bionama: dedica-se ao cultivo e processamento de produtos naturais da floresta, com foco em soluções sustentáveis para o mercado
- Cooperativa Turiarte: promove o turismo sustentável e valoriza o artesanato local em comunidades amazônicas
- Trançados do Arapiuns: atua com artesanato regional a partir da palha de tucumã, utilizando tingimento natural e valorizando saberes tradicionais
- Samaúma Óleos Vegetais da Amazônia: transforma plantas nativas em óleos e manteigas naturais, como andiroba, cupuaçu e cacau, fortalecendo cadeias comunitárias
- Muriki Experiências: agência especializada em turismo de experiências no Oeste do Pará, conectando visitantes à biodiversidade e cultura local
- Mahá Biocosméticos: desenvolve cosméticos capilares veganos e sustentáveis, formulados com insumos amazônicos em parceria com a UFOPA+
- Cuia Nanofilter: startup nanotecnológica de purificação de água, que remove metais pesados e pesticidas, oferecendo segurança hídrica a comunidades vulneráveis
- Artes Vitor Matos: trabalho do artista e artesão tapajônico que resgata saberes ancestrais e valoriza a cultura indígena por meio do artesanato.