O decreto assinado por Donald Trump na quarta-feira, 30, isentando cerca de 700 produtos brasileiros da tarifa adicional de 40% imposta anteriormente, foi positivo para alguns setores da economia paraense. Embora desafios logísticos ainda persistam, setores como a mineração, a castanha-do-Pará, a energia e a madeira tropical, que ficaram de fora da taxação, respiraram aliviados,
A castanha-do-Pará, produto emblemático do estado, evitou o impacto de uma possível perda bilionária e manteve a competitividade no mercado americano. Para o economista Genardo Oliveira, a medida garante a continuidade da liderança do estado nesse setor, que é fundamental para a economia local. As ibformações são de O Liberal
“Para o Pará, isso representa uma virada estratégica, não apenas preservando o mercado, mas ampliando a competitividade internacional da castanha”, afirma Oliveira.
Outros setores estratégicos, a mineração e a energia tem ficaram de fora também. Ou seja, minérios como ferro, ouro e ferronióbio continuam sem ser taxados, mantendo sua competitividade internacional.
Segundo Oliveira, o setor energético também ganha impulso, especialmente em Barcarena, onde projetos de derivados de gás poderão continuar sendo exportados para os Estados Unidos sem o acréscimo da tarifa.
O economista prevê que, com a isenção, esses setores, que já são pilares da economia paraense, poderão ampliar suas operações.
Apesar da madeira tropical serrada ou lascada também ter sido isenta, o impacto total da medida ainda é analisado. Deryck Martins, diretor executivo da Aimex (Associação das Indústrias Exportadoras de Madeira do Estado do Pará), aponta que o benefício é parcial, e o setor ainda busca entender os detalhes das isenções. “A medida traz um fôlego para a nossa indústria”, afirma Martins.
No entanto, o diretor da Faepa, Guilherme Minssen, destaca que as boas notícias do decreto são limitadas pela defasagem na logística portuária do estado. Ele ressalta que, mesmo com a isenção para produtos como polpas e sucos de laranja, o Pará não conseguirá lucrar completamente sem resolver esse gargalo de infraestrutura.