A Ilha do Combu, um dos destinos mais emblemáticos e queridos de Belém, agora é Patrimônio Cultural e Imaterial do Estado do Pará. A decisão, aprovada pela Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), na terça-feira, 27, reconhece a importância histórica, cultural, natural e econômica da ilha, localizada às margens do Rio Guamá, a poucos minutos de barco da capital paraense.
O reconhecimento abrange diversos aspectos que tornam a Ilha do Combu única. A rica gastronomia local, com seus restaurantes ribeirinhos que oferecem pratos tradicionais da culinária paraense, é um dos pilares desse patrimônio. Os famosos chocolates orgânicos produzidos na ilha, a partir do cacau nativo cultivado de forma sustentável pelas comunidades locais, também foram destacados, representando um modelo de bioeconomia e valorização da floresta.
Outro aspecto reconhecido é o turismo de base comunitária que floresce na ilha, oferecendo aos visitantes experiências autênticas em contato com a natureza e o modo de vida ribeirinho. Os barqueiros, responsáveis pelo transporte e pela conexão da ilha com a cidade, também foram reconhecidos como parte fundamental dessa identidade cultural.
O projeto de lei que concedeu o título à Ilha do Combu valoriza não apenas os produtos e serviços, mas principalmente os saberes e fazeres das comunidades que habitam a ilha e que são as verdadeiras guardiãs desse patrimônio.
A iniciativa busca fortalecer a identidade local, promover o desenvolvimento sustentável e garantir a preservação ambiental e cultural da região para as futuras gerações.
Com o reconhecimento oficial, espera-se um impulso ainda maior para o turismo consciente e para a valorização dos produtos locais, como o cacau e o açaí, além de fortalecer as políticas públicas voltadas para a melhoria da qualidade de vida dos moradores e a conservação ambiental da Ilha do Combu.