Close Menu
Pará Terra BoaPará Terra Boa
  • COP30
  • GENTE DA TERRA
  • ECONOMIA
  • AGRICULTURA
  • MEIO AMBIENTE
  • CULTURA
  • SOBRE
  • CONTATO
Últimas notícias

Desmatamento na Amazônia recua 11% e registra menor taxa em 11 anos

MEIO AMBIENTE

Gestão do fogo ganha destaque na COP30 como solução climática

COP30

Paraense vence prêmio nacional por uso de práticas sustentáveis

MEIO AMBIENTE
Facebook Instagram LinkedIn
1.
  • Desmatamento na Amazônia recua 11% e registra menor taxa em 11 anos
  • Gestão do fogo ganha destaque na COP30 como solução climática
  • Paraense vence prêmio nacional por uso de práticas sustentáveis
  • Mais de 1,3 mil voluntários iniciam treinamento presencial para a COP30
  • Calor extremo já mata mais de meio milhão de pessoas por ano, alertam cientistas
31 de outubro de 2025
Pará Terra BoaPará Terra Boa
Facebook Instagram
  • COP30
  • GENTE DA TERRA
  • ECONOMIA
  • AGRICULTURA
  • MEIO AMBIENTE
  • CULTURA
Pará Terra BoaPará Terra Boa
Home»CULTURA»Floresta amazônica foi densamente povoada, com manejo antigo de ação humana
CULTURA 24 de agosto de 2022

Floresta amazônica foi densamente povoada, com manejo antigo de ação humana

WhatsApp Facebook LinkedIn Incorpore mídia (YouTube, Twitter, Flickr etc) diretamente em tópicos e respostas Email
Geoglifos, como estes no Acre, atestam a forte presença humana no passado da Amazônia. Foto: Maurício de Paiva/Pesquisa FAPESP
Compartilhar
WhatsApp Facebook Incorpore mídia (YouTube, Twitter, Flickr etc) diretamente em tópicos e respostas LinkedIn Email

Senta porque agora é hora de reforçar a ideia de que a a floresta amazônica nossa de cada dia não é virgem, que Santarém (PA) tinha mais habitantes que o Rio de Janeiro em 1661 e que a população local utilizava o manejo correto de várias roças no passado que hoje estão presentes em nosso dia a dia.

A ciência que nos ajuda a desvendar essas descobertas é chamada de arqueologia. Ela estuda os costumes e culturas dos povos antigos através do material (fósseis, artefatos, monumentos etc.) que restou da vida desses povos é chamada de arqueologia.

Nas últimas décadas, esse conhecimento trouxe uma “pequena revolução”. A expressão é do arqueólogo Eduardo Góes Neves, diretor do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (MAE-USP). E a revolução a que ele refere se deu exatamente em seu campo de estudo: a Amazônia.

Desmentindo o equívoco transformado em slogan pela ditadura militar, de que a Amazônia seria uma terra sem gente para uma gente sem terra, sua linha de pesquisa revelou que a região já foi densamente povoada, por 8 a 10 milhões de pessoas, e que esse povoamento remonta há, no mínimo, 8 mil anos, talvez bem mais do que isso.

Frutos de uma pesquisa de mais de 15 anos, sempre conduzida com auxílios da FAPESP, as conclusões de Neves foram apresentadas agora em um livro acessível aos leitores não familiarizados com a linguagem técnica da arqueologia: Sob os tempos do equinócio: oito mil anos de história na Amazônia Central (Editora Ubu). O livro foi publicado com apoio da FAPESP.

“Ao contrário do que diz a cronologia oficial, que remonta o início da história do Brasil à chegada dos colonizadores europeus, em 1500, o território que compõe atualmente o país tem uma história muito antiga, de aproximadamente 12 mil anos. A arqueologia descobriu que, nesse longo período, a Amazônia sempre foi uma região densamente povoada. Fragmentos de artefatos encontrados sob florestas supostamente virgens, geoglifos (são estruturas geométricas feitas no chão pela disposição organizada de sedimentos ou pela retirada de sedimentos superficiais) e a chamada terra preta são sinais importantes dessa encorpada presença humana na região”, relata Neves à Agência FAPESP.

Os fragmentos de artefatos incluem peças de cerâmica bastante sofisticadas, que nada ficam a dever a outros produtos das culturas pré-colombianas.

“Na Amazônia não existe abundância de pedras como em outras regiões da América do Sul. Então, é muito difícil encontrar estruturas arqueológicas de pedra. Mas esses outros indícios que mencionei nos permitem ter ideia de como foi o povoamento no passado, antes que a população original fosse destruída aos milhões pelas doenças trazidas por europeus, pelas tentativas de escravização ou pela matança pura e simples”, argumenta Neves.

O arqueólogo Eduardo Góes Neves. Foto: Rafael Veríssimo

Floresta não é virgem

Outro indício importantíssimo da presença humana é dado pela própria composição vegetal das matas amazônicas. Existem cerca de 16 mil espécies de árvores conhecidas nesse bioma. Desse conjunto, apenas 227 espécies, ou seja 1,4%, correspondem a quase a metade de todas as árvores existentes na região.

Essa hiperdominância observada hoje foi, em grande parte, fruto do manejo humano no passado.

“A ideia, ainda muito difundida, de uma formação florestal virgem, intocada, não corresponde à realidade. As florestas amazônicas são produtos da ação humana. O manejo criou a composição de árvores que existe hoje”, afirma Neves.

As árvores que se tornaram hiperdominantes devido ao manejo incluem espécies muito importantes do ponto vista econômico e social, como o açaí, o cacau, a castanha, a seringa e o cupuaçu.

“Há diferentes formas de viver e prosperar na Amazônia. O modelo atualmente dominante, que derruba árvores, queima a mata, esburaca a terra, contamina os rios e transforma a paisagem exuberante em uma terra desolada, não é o único possível. É possível viver na e da floresta sem destruí-la. E as populações que vivem desse jeito, indígenas, ribeirinhos, quilombolas, são os grandes guardiães não apenas da floresta viva, mas também dos tesouros arqueológicos que ela esconde”, enfatiza.

Discordando da contagem oficial, que fala em 6 milhões de indígenas em todo o território brasileiro por ocasião da chegada dos colonizadores portugueses, ele afirma que apenas a região amazônica teria abrigado de 8 a 10 milhões de pessoas.

“A estimativa de 6 milhões está claramente subestimada. E essa subestimação faz parte de uma tentativa de apagamento da presença indígena. Os estudos recentes indicam uma população muito maior. É claro que podem ter ocorrido avanços e recuos populacionais. Nossos registros mais antigos chegam a 8 mil anos. E encontramos hiatos nesse longo período. Mas temos evidências de uma ocupação contínua nos últimos 2.500 anos”, diz.

Segundo o pesquisador, é complicado pensar na existência de grandes cidades amazônicas, nos moldes das cidades antigas do Oriente Médio ou da América Central. Ele classifica os povoamentos mais populosos com a denominação técnica de “urbes tropicais de baixa densidade”. Mas informa que estas abrigariam alguns milhares de indivíduos e seriam conectadas por uma rede de estradas cujos vestígios têm sido descobertos.

“Quando Santarém foi fundada, em 1661, havia nela 6 mil indígenas. Essa população era quatro vezes maior que a do Rio de Janeiro na época”, conta.

O enorme recuo populacional causado pela colonização só foi revertido nas últimas décadas, pela chegada de contingentes populacionais provenientes do Nordeste e do Sul e por um processo de urbanização acelerado, caótico e altamente impactante para o meio ambiente.

“Quem anda pelo interior da Amazônia e visita as comunidades indígenas, os locais de moradia de caboclos, percebe que é muito comum que as pessoas vivam sobre os sítios arqueológicos. Isso não é à toa. Geralmente são esses os terrenos de solos mais férteis, onde estão as castanheiras, os açaizeiros e outras plantas disseminadas pela atividade humana no passado.”

A pesquisa de Neves foi apoiada pela FAPESP por meio de cinco projetos (19/07794-9, 05/60603-4, 17/11817-9, 99/02150-0 e 02/02953-0). E a FAPESP forneceu também outros apoios – entre eles, dezenas de bolsas de iniciação científica, mestrado, doutorado, pós-doutorado e estágio de pesquisa no exterior concedidas aos orientandos de Neves.

Com 224 páginas, o livro Sob os tempos do equinócio: oito mil anos de história na Amazônia Central pode ser adquirido pelo site: www.ubueditora.com.br/equinocio.html.

Fonte: José Tadeu Arantes | Agência FAPESP
LEIA MAIS:

Evidências apontam Santarém como a cidade mais antiga do Brasil

Amazônia arqueologia Eduardo Góes Neves
Compartilhar. WhatsApp Facebook Incorpore mídia (YouTube, Twitter, Flickr etc) diretamente em tópicos e respostas LinkedIn Email
Artigo AnteriorEstrago de queimadas no Pará em agosto é superior ao do Dia do Fogo de 2019
Próximo Artigo Candidato grava para campanha em ocupação ilegal dentro de Terra Indígena no PA

Você pode gostar também de

CULTURA

Círio de Nazaré movimenta R$ 1,2 bilhão unindo fé e economia criativa

CULTURA

Castanha-do-pará é declarada patrimônio cultural imaterial do Estado

MEIO AMBIENTE

“Barco Voador” pode revolucionar transporte na Amazônia

MEIO AMBIENTE

Restauro florestal pode render US$ 100 bi por ano a países tropicais

Busque em nosso site
Previsão do tempo

+32
°
C
+33°
+21°
Altamira (Para)
Domingo, 30
Ver Previsão de 7 Dias

 

+33
°
C
+33°
+20°
Sao Felix do Xingu
Domingo, 30
Ver Previsão de 7 Dias

 

+32
°
C
+32°
+23°
Belém
Domingo, 30
Ver Previsão de 7 Dias

 

Curta Nossas Redes Sociais
  • Facebook
  • Instagram
Acesse nosso WhatsApp
WhatsApp
Envie sua notícia

Quer compartilhar uma notícia ou acontecimento da sua região?

Envie para a nossa redação!

    Publicidade
    Publicidade

    Aqui você encontra notícias boas para a gente boa desta terra boa que é o nosso Pará.

    Siga, comente e compartilhe nossos perfis nas redes sociais.

    Reprodução permitida, mas cite a fonte por favor!

    Facebook Instagram
    ENTRE EM CONTATO

    ANUNCIE NO PARÁ TERRA BOA

    Confira o Mídia Kit e contatos aqui

    ENVIE SUAS IDEIAS

    Queremos conhecer bons exemplos de quem cuida da nossa terra boa! Mande sua história ou de terceiros no WhatsApp para (91) 99187-0544 ou no formulário de contato aqui. 

    LEIA NOSSAS MATÉRIAS
    • COP30
    • GENTE DA TERRA
    • ECONOMIA
    • AGRICULTURA
    • MEIO AMBIENTE
    • CULTURA
    POLÍTICAS DO SITE

    Política de Privacidade

    Política de Cookies 

    © 2025 Pará Terra Boa.
    • SOBRE
    • CONTATO

    Digite acima e pressione Enter para pesquisar. Pressione Esc cancelar.

    Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes. Ao continuar navegando, você concorda com estas condições. Confira a política de utilização de cookies.
    ConfiguraçõesAceitar
    Gerenciar consentimento

    Visão geral da privacidade

    Este site usa cookies para melhorar a sua experiência enquanto navega pelo site. Destes, os cookies que são categorizados como necessários são armazenados no seu navegador, pois são essenciais para o funcionamento das funcionalidades básicas do site. Também usamos cookies de terceiros que nos ajudam a analisar e entender como você usa este site. Esses cookies serão armazenados em seu navegador apenas com o seu consentimento. Você também tem a opção de cancelar esses cookies. Porém, a desativação de alguns desses cookies pode afetar sua experiência de navegação.
    Funcional
    Os cookies funcionais ajudam a realizar certas funcionalidades, como compartilhar o conteúdo do site em plataformas de mídia social, coletar feedbacks e outros recursos de terceiros.
    Performance
    Os cookies de desempenho são usados para entender e analisar os principais índices de desempenho do site, o que ajuda a fornecer uma melhor experiência do usuário para os visitantes.
    Analytics
    Cookies analíticos são usados para entender como os visitantes interagem com o site. Esses cookies ajudam a fornecer informações sobre as métricas do número de visitantes, taxa de rejeição, origem do tráfego, etc.
    Propaganda
    Os cookies de publicidade são usados para fornecer aos visitantes anúncios e campanhas de marketing relevantes. Esses cookies rastreiam visitantes em sites e coletam informações para fornecer anúncios personalizados.
    Outros
    Outros cookies não categorizados são aqueles que estão sendo analisados e ainda não foram classificados em uma categoria.
    Necessário
    Os cookies necessários são absolutamente essenciais para o funcionamento adequado do site. Esses cookies garantem funcionalidades básicas e recursos de segurança do site, de forma anônima.
    açaí
    tarifaço
    economia
    prejuízo
    destaque
    SALVAR E ACEITAR