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COP30 18 de novembro de 2025

Na COP30, Ecovila Iandê, no Pará, mostra na prática como enfrentar a crise climática

Jornalistas puderam ver os efeitos para o solo e a vida de produtores de agrofloresta em Santa Bárbara do Pará
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Visita à Ecovila Iandê, sistema de produção de agricultura familiar agroflorestal em Santa Bárbara. Foto: Fernando Martinho
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Por Tereza Coelho

Fora da Blue Zone, espaço central das negociações da COP30, que reúne negociadores e lideranças de diversas nações em busca de consensos para o combate à crise climática, projetos inovadores de agricultura sustentável e responsável no Pará mostram na prática formas de enfrentar a crise climática.

Uma dessas iniciativas é a Ecovila Iandê, em Santa Bárbara do Pará, que o Pará Terra Boa visitou na segunda-feira, 17, a convite da Global Strategic Communications Council (GSCC), rede internacional colaborativa de profissionais de comunicação focada em clima, energia e natureza,

Município da Grande Belém, Santa Bárbara do Pará fica a aproximadamente 1 hora de distância de carro da capital. Lá, a agricultora Lenise Oliveira vive há 14 anos, transformando 28 hectares de terra degradados pelo desmatamento, extração de argila, areia e plantio de monoculturas em uma fazenda agroflorestal resistente à seca.

“Temos seis famílias que trabalham na terra. Começamos tudo com a regeneração da área degradada, associada com diversificação de cultivo. Ao todo, temos mais de 27 espécies distribuídas entre 6 projetos e queremos devolver a floresta para essa região, deixando a terra mais produtiva, sequestrando carbono e levando dignidade às pessoas”, disse.

Histórico de recuperação ambiental na ecovila. Foto: Fernando Martinho

Na visita promovida pela GSCC estavam também jornalistas da França, Índia, Reino Unido e Argentina, que, convocados para cobrir a COP30, puderam conhecer os exemplos locais em agroecologia e plantios com resistência climática,

Sobrevivendo à crise climática

Na seca de 2024, considerada a pior do século no Brasil, a agrofloresta, sistema de cultivo que mistura árvores e plantas agrícolas no mesmo espaço, gerando alimentos, recuperando o solo e conservando a natureza, provou sua importância prática para enfrentar a crise do clima.

Enquanto a bacia do Rio Tapajós foi declarada em situação de escassez hídrica pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), em Iandê, a diversidade de cultivos garantiu que a comunidade tivesse produtos para colher e vender, mesmo com os prejuízos causados pela seca histórica.

“A floresta sofreu com a seca e nos avisou. No mês anterior, as formigas surgiram em grande quantidade e faziam buracos grandes na terra.  Depois é que viemos entender que aqueles buracos era para ver se a água ganhava mais espaço para entrar no solo, cada vez mais ressecado”, contou Lenise.

A agricultora relembra que assim como o aviso da natureza, os frutos que vieram da seca histórica também deixaram um recado ao amadurecerem.

“Parte dos frutos vieram sem sementes ou com sementes muito menores do que o costume. É como se fosse um alerta da terra para não reproduzir o que surgiu naquele momento”, lembra.

Imagem aérea de área em recuperação de solo dentro da ecovila. Foto: Fernando Martinho.

‘A gente não cultiva planta, mas o solo’

Quem também expôs suas experiências durante a visita foi o agricultor César Fernando, que vive na comunidade Expedito Ribeiro, também em Santa Bárbara, há 20 anos. Ele explica que a área, que inicialmente concentrava 150 famílias, chegou a ter 55 pessoas anos depois. A redução de moradores aconteceu pelo fracasso em plantios iniciados por alguns moradores, feitos sob o regime tradicional de roça.

“Quando a gente chegou lá, era mata em pé, com árvores bem grandes e altas, mas como a gente trabalhava no sistema convencional de roça, fizemos a derrubada de parte dessa mata e as famílias faziam seu roçado. Daí, em 2014, quando essas pessoas não estavam mais lá, conheci a dona Lenise e começamos a fazer a recuperação florestal, que deu certo”, narra.

César explica que seguiu todas as orientações, da recuperação inicial do território com leguminosas até a fase seguinte, onde as leguminosas dividem espaço com árvores frutíferas e alguns tipos de madeiras. O princípio básico da prática é diversificar os plantios para garantir produtividade o ano inteiro, respeitando o ciclo natural de cada espécie.

“A plantação fica mais forte nesse processo agroflorestal porque uma cultura protege a outra. Algumas precisam de mais sol, outras de mais umidade do solo. Aí como a prática reúne vários tipos de plantio, uma acaba oferecendo a solução que a outra precisa”, ensinou.

Como exemplo, o agricultor cita o plantio de maxixe e melancia como produções de curto prazo. Já a mandioca, banana e mamão foram citadas como plantios mais prolongados, chegando a durar mais de 12 meses. Aos 49 anos, ele cita que nasceu e formou família na roça, mas que teve a vida transformada pelo sistema agroflorestal.

“A gente não cultiva planta, mas o solo, porque é ele quem vai alimentar as plantas. Quando começamos a plantar, a gente também planta água, saúde e vida. O sistema agroflorestal produz 11 vezes mais oxigênio do que a mata nativa porque a gente faz a poda, joga e ela rebrota”, explica.

César compara às necessidades de iniciativas concretas para apoio a agricultura ecológica como a necessidade de se cuidar da própria família.

“A terra é como um membro da família, então cada dia aprendemos uma coisa nova e precisamos estar atentos aos sinais, mas sempre se abrindo ao conhecimento e diálogo, porque se a gente se fechar a relação fica ruim e morre”, declara.

Antes de viver em Santa Bárbara, César viveu na Ilha de Mosqueiro, distrito de Belém. Lá, ele vivia da coleta e venda de frutas como açaí, taperebá, cupuaçu, cacau, uxi e piquiá.

“A gente vivia lá, catava as frutas, mas não era nosso. Agora tem cupuaçu caindo no meu quintal. Acordo com o cheiro fresco. Isso não tem preço e deixa eu e minha familia muito felizes ter nosso chão e prosperar junto com ele”, declara.

Jovem trabalhador em colheita do açaí na ecovila. Foto: Fernando Martinho

Lições para o mundo

Para a COP30, a ecovila que já atua com cursos, vivências e visitações com foco em imersão ecológica e práticas agroflorestais, preparou a agenda para receber grupos de pesquisadores, agricultores e jornalistas.

“O interesse existe e temos que aproveitar para mostrar o que já estamos fazendo que deu certo. Esse momento em que autoridades de diversos países estão aqui deve ser visto como uma oportunidade para mostrar o que já estamos fazendo para enfrentar a crise climática e, quem sabe, transformar esses esforços em políticas públicas de verdade. Não queremos apenas ser reconhecidos como um bom exemplo, mas que a prática agroflorestal ganhe mais popularidade e se espalhe pelo Brasil e pelo mundo. A terra sabe como enfrentar a crise, basta a gente ouvir e ajudar a acelerar esse processo” destacou Lenise

Anna Ratcliff, do GSCC, explica que a Ecovila Iandê faz parte da Rede Intercontinental de Organizações de Agricultores Orgânicos, aliança global que representa 95 milhões de pequenos agricultores na América Latina, África, Ásia e Pacífico.

“Um dos objetivos principais dessa iniciativa é tirar as pessoas da formalidade dos espaços oficiais para conhecer boas práticas sustentáveis e regeneradoras da agricultura brasileira, tanto para reforçar o apelo no aumento no financiamento para adaptação climática, assim como pedir por metas claras para a parcela de financiamento destinada aos agricultores familiares e suas organizações”, diz.

 

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