A Coalizão Brasil para o Financiamento da Restauração e da Bioeconomia (BRB FC) anunciou na COP30, em Belém, que já mobilizou US$ 5,37 bilhões em compromissos de investimento para projetos de restauração florestal e bioeconomia no país.
O montante representa mais da metade da meta total de US$ 10 bilhões a serem mobilizados até 2030, e é destinado a viabilizar a restauração de 3,7 milhões de hectares de florestas brasileiras. A informação foi divulgada durante um painel liderado pelo Ministério do Meio Ambiente.
Para Maurício Bianco, vice-presidente da Conservation International Brasil e membro do Comitê Diretor da BRB FC, o valor demonstra que o impulso em torno das florestas e da bioeconomia no Brasil “é real e está crescendo”.
“O próximo passo é garantir que esses compromissos se traduzam em projetos de alta qualidade, que beneficiem comunidades, protejam a biodiversidade e reforcem a contribuição do Brasil para as metas climáticas globais. Esse é um resultado concreto que esperamos ver na COP30″, afirmou Bianco.
O termo “mobilizar” refere-se à agregação de compromissos de investimento que os membros da BRB FC — um grupo de 30 empresas e instituições dos setores público e privado — pretendem direcionar para projetos de impacto no Brasil.
Maria Netto, diretora executiva do Instituto Clima e Sociedade, afirmou que superar o patamar de US$ 5 bilhões envia um “forte sinal de que o Brasil está preparado para ampliar mecanismos de financiamento viáveis e de alto impacto para florestas e bioeconomia”.
Lançada durante a Cúpula do G20 em novembro de 2024, a coalizão tem o objetivo de impulsionar uma economia de baixo carbono e positiva para a natureza, com foco especial na Amazônia. As metas da BRB FC incluem a restauração de 5 milhões de hectares, a captura de pelo menos uma gigatonelada de CO₂ até 2050, e o investimento de US$ 500 milhões em iniciativas para beneficiar povos indígenas e comunidades locais.
“Ao incentivar modelos de negócio e parcerias inovadoras, podemos ampliar iniciativas de restauração que sejam economicamente viáveis e ambientalmente transformadoras, criando novas oportunidades de desenvolvimento sustentável em todo o país”, explicuo Thiago Picolo, CEO da re.green.
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