Por Tereza Coelho
Nos dias 16 e 17 de novembro, o MUDA! Coletivo Brasileiro pelo Turismo Responsável convida os participantes da COP30 para a uma imersão em comunidades nas ilhas de Belém, que atuam com turismo regenerativo e bioeconomia, para inspirar novas soluções diante da crise climática.
A programação composta por duas vivências acontece nas ilhas de Cotijuba e Combu, próximas do centro da capital paraense, pretende valorizar o protagonismo de quem vive e protege a floresta todos os dias.
O roteiro é uma parceria do MUDA com o Movimento de Mulheres das Ilhas de Belém (MMIB) e o Comitê de Sustentabilidade da Ilha do Combu.
Cotijuba: ervas medicinais e quintais ancestrais
A primeira parada, no dia 16 de novembro, é em Cotijuba. A programação chamada ‘Um dia na ilha: Ervas medicinais e quintais ancestrais’ convida o visitante a desacelerar a rotina e se reconectar com os saberes tradicionais da Amazônia.
A experiência inclui uma visita ao projeto Farmácia Viva, que resgata o uso ancestral das ervas medicinais, e ao quintal produtivo da Dona Deca, no Caminho da Priprioca. O almoço será na Praia do Vai Quem Quer, com direito a uma sobremesa inovadora: o brigadeiro de priprioca, unindo sabor e aroma local.
Combu: sabores, bioeconomia e turismo ribeirinho
No dia seguinte, 17 de novembro, o destino é a Ilha do Combu, onde a vivência ‘Café da manhã no Combu: Bioeconomia, artesanato e turismo ribeirinho’ oferece uma imersão nos sabores e saberes da ilha.
O roteiro inclui uma visita à Casa do Chocolate da Dona Nena, referência em cacau e produção artesanal, e ao Eco Restaurante Saldosa Maloca, onde acontece a experiência Açaí Tuíra, que celebra a gastronomia local, com degustações de produtos regionais e um almoço, onde será servido peixe assado na brasa, arroz com jambu, pirão e farofa crocante.
A presidente do Muda!, Tatiana Paixão, defende que a COP30 deve impulsionar modelos já existentes na região e gerar impacto positivo direto nas populações locais. Ela relembra ainda que a COP29, em Baku (Azerbaijão), foi a primeira COP com um Dia do Turismo, que envolveu reuniões dedicadas ao tema.
“A COP30 pode ajudar a reposicionar o turismo da Amazônia e do Brasil como força de transformação. Nós concordamos com essa urgência, mas propomos que ela seja responsável, justa e participativa, dando protagonismo para a realidade dos moradores”, disse Tatiana.
Como participar
As vagas são limitadas e incluem transporte, alimentação e acompanhamento das comunidades anfitriãs. Os valores variam de R$ 600 a R$ 800 por dia, com opção de combo para os dois dias e bolsas integrais para quem não puder arcar com os custos. Para mais informações, acesse o perfil do coletivo MUDA! nas redes sociais.


