O Ministério das Relações Exteriores apresentou, nesta sexta-feira (31), os detalhes da Cúpula do Clima de Belém, que acontecerá nos dias 6 e 7 de novembro. O encontro reunirá 143 delegações internacionais, incluindo 57 líderes de Estado ou de governo, 39 ministros e representantes de diversas organizações internacionais. Estados Unidos e Argentina não estão entre os confirmados.
O evento, que antecede a Conferência das Partes da Convenção do Clima das Nações Unidas (COP), reúne presidentes, primeiros-ministros e demais chefes de governo para impulsionar as discussões do evento.
O Secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Itamaraty, Embaixador Maurício Carvalho Lyrio, anunciou que a sessão de abertura contará com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva.
As atividades começam no dia 5, com reuniões bilaterais entre países participantes. A plenária principal será aberta na manhã do dia 6, estendendo-se até a noite do dia 7, com discursos nacionais ao longo dos dois dias.
Ainda na tarde do dia 6, haverá um almoço de lançamento do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF). No mesmo período, estão previstas três sessões temáticas dedicadas a florestas e oceanos, transição energética e aos dez anos do Acordo de Paris, com foco em metas climáticas (NDCs) e financiamento ambiental.
“Estamos nos esforçando para que a COP30 no Brasil seja guiada pelo exemplo, nos empenhando na meta de alcançar o desmatamento zero até 2030, meta que está mais próxima de ser alcançada com nosso anúncio de ontem, com o recuo de 11% do desmatamento na Amazônia“, disse a ministra de Meio Ambiente, Marina Silva.
A ministra destaca ainda a urgência de se debater a importância do papel da preservação dos manguezais e oceanos para o prosseguimento das metas de adaptação climática.
“Precisamos da ajuda e do financiamento global para dar respostas consistentes em nível local em meio a emergência climática”, disse Marina.
Em resposta aos jornalistas da coletiva, Lyrio frisou a importância do TFFF e disse esperar que sejam feitos anúncios sobre ele na Cúpula. Por outro lado, o presidente da COP 30, embaixador André Aranha Corrêa do Lago, disse acreditar que as soluções poderão ser melhor consideradas durante esta edição da cúpula, já que os participantes já estarão ali vivenciando parte do cotidiano dos povos da Amazônia, assim como cercados de especialistas de diversas áreas.
“Os resultados para a população da Amazônia podem ser diversos e a diminuição do desmatamento, uma constante nos últimos anos, ajuda a gente a apontar a Amazônia como solução, mostrando diretamente o que já se vive lá e também os potenciais de avanço”, disse.


