A 55 dias para a COP30, o plano de segurança para a Cúpula do Clima começa a tomar forma. Diversos alinhamentos estratégicos estão sendo feitos para se adaptar à realidade e às complexidades locais.
Em junho, o secretário-executivo adjunto da Casa Civil da Presidência da República, Pedro Pontual, antecipou que a segurança prevê um modelo de integração entre órgãos federais, estaduais e municipais, considerado “prioridade total” pelo governo brasileiro.
Com a expectativa de reunir chefes de Estado de 190 países, autoridades internacionais e cerca de 50 mil participantes, a segurança da COP30 tem uma missão dupla: reforçar a imagem do Brasil como um bom anfitrião e ter um esquema complexo e preparado para atuar contra possíveis ameaças físicas e cibernéticas.
Coordenada pelo Ministério da Defesa, a Operação Marajoara ainda está em fase de planejamento, mas já prevê reforços de unidades especializadas de oito estados.
Forças federais:
- Forças Especiais e de Contraterrorismo (Goiânia)
- Defesa Aérea (Guarujá)
- Defesa Cibernética e Comunicações (Brasília)
- Operações Psicológicas (Goiânia)
- Reconhecimento Vigiado e Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear (DQBRN) (Rio de Janeiro)
- Viaturas blindadas Guarani (Boa Vista)
- Oito equipes de batedores com 80 motocicletas de Brasília, Porto Alegre, Campo Grande, Rio de Janeiro e Recife.
Os agentes de outros estados atuarão, em maior número, na proteção de chefes de Estado durante a cúpula de líderes, que será realizada de 5 a 8 de novembro. Eles também estarão presentes, com um efetivo reduzido, durante todo o período da COP30. O Comando Operacional Conjunto Marajoara ainda prevê a atuação da Marinha do Brasil e da Força Aérea Brasileira (FAB) para a segurança do rio Guamá e do Aeroporto Internacional de Val-de-Cans.
No entanto, a atuação dos agentes municipais e da polícia paraense ainda está em definição estratégica e depende de recursos financeiros que ainda não foram oficialmente anunciados.