O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou as regras para o vazio sanitário da soja e o calendário de semeadura da safra 2025/2026. Essas medidas são fundamentais para o controle de pragas, como a ferrugem-asiática, uma das doenças que mais prejudicam a produção de soja no Brasil.
No caso do Pará, o estado é dividido em três regiões, cada uma com um período distinto para o vazio sanitário e um calendário de semeadura.
Vazio sanitário
- Região 1 – De 15 de junho a 15 de setembro – 33 municípios e mais dois distritos de Altamira.
- Região 2 – De 1° de agosto a 31 de outubro – 70 municípios da região nordeste e parte da Região Metropolitana de Belém.
- Região 3 – De 15 de agosto a 15 de novembro – 37 municípios do Baixo Amazonas, Xingu e parte do Arquipélago do Marajó.
Semeadura
- Região 1 – De 16 de setembro a 14 de janeiro – 33 municípios e mais dois distritos de Altamira.
- Região 2 – De 1° de novembro a 28 de fevereiro – 70 municípios da região nordeste e parte da Região Metropolitana de Belém.
- Região 3 – De 16 de novembro a 14 de março – 37 municípios do Baixo Amazonas, Xingu e parte do Arquipélago do Marajó.
O vazio sanitário é o período em que fica proibido manter plantas vivas de soja nas lavouras, inclusive aquelas que brotam espontaneamente após a colheita – as chamadas plantas voluntárias ou tigueras. O objetivo é interromper o ciclo do fungo causador da ferrugem e impedir que ele se mantenha ativo entre uma safra e outra.
“Essas medidas são importantes para interromper a chamada ponte verde entre as safras, que é justamente o que permite a sobrevivência do fungo causador da ferrugem asiática da soja no período de entressafra”, destaca Tiago Pereira, assessor técnico da CNA.
Segundo a diretora do Departamento de Sanidade Vegetal do Mapa, Edilene Cambraia, a definição dessas regras exige um grande esforço técnico.
“A união de conhecimentos técnicos e científicos, além da diversidade de condições geoclimáticas que constituem o território brasileiro, entre outros fatores, demonstram o desafio que é a formulação destas ações de defesa sanitária vegetal. Todo esse esforço não seria possível com a participação exclusiva do Mapa e contou com o apoio de muitas instituições, principalmente dos órgãos estaduais de defesa sanitária vegetal e instituições de pesquisa”, afirmou.