O palco flutuante em formato de vitória-régia, que será o cenário do Amazônia Live – Hoje e Sempre, já está em fase final de testes de som e luz. A estrutura, montada no meio do rio Guamá, em Belém, vai receber ninguém menos que Mariah Carey, Joelma, Gaby Amarantos, Dona Onete e Zaynara, na próxima quarta-feira, 17, numa espécie de esquenta para a COP30, que acontece na cidade, em novembro.
Segundo o g1, a montagem do palco, iniciada em 29 de agosto, contou com cerca de 250 pessoas por dia. Idealizado e assinado por Diego Campos, o palco foi feito com um material sustentável e ecológico que garante ventilação e resistência. A ideia, segundo Campos, é que a cenografia não “brigue” com a floresta, mas sim a valorize. O evento será transmitido pelo Multishow, Globoplay e TV Globo.
O maior desafio técnico, segundo ele, foi garantir o alinhamento preciso entre o palco e a balsa dos convidados, crucial para a captação de imagem e iluminação. As pétalas do palco têm mobilidade, permitindo ajustes para as captações aéreas.
A logística para as artistas é detalhada: Elas terão barcos como camarins, que ficarão atrás do palco. Para se deslocarem, utilizarão pontos de embarque/desembarque (“pias”) com rampas e um elevador para acessar o camarim dentro da própria flor. Para o arquiteto, toda a operação se assemelha a uma “orquestra”, com mais de 100 pessoas na equipe técnica.
A iluminação é um dos “segredos” do evento, com um designer dedicado a criar uma ambiência que “brinca com a tonalidade dos shows, com o pôr do sol, realçando a potência do ambiente”, adiantou Diego.
O evento
O Amazônia Live, realizado pelo Rock in Rio e The Town com patrocínio da mineradora Vale, busca dar visibilidade às causas ambientais. O arquiteto afirmou que a intenção é “dar voz às nossas causas, mantendo a floresta de pé”, e que a escolha de artistas como Mariah Carey tem o objetivo de levar a mensagem para outras escalas de importância.
O local da instalação foi escolhido por sua baixa interferência no cotidiano, já que o trecho do rio Guamá possui apenas três casas da mesma família, o que facilitou a logística. A equipe do projeto trabalhou em parceria com os moradores, que permitiram que uma de suas casas servisse de ponto de apoio. Segundo Diego Campos, as causas do evento estão 100% alinhadas com a comunidade local.