Nesta sexta-feira, 12, a Universidade Federal do Pará (UFPA) realiza o III Seminário de Educação Ambiental e Sustentabilidade: Diálogo para a COP30. A proposta é reunir pesquisadores, gestores públicos e representantes da sociedade civil para debater os desafios da transição socioambiental na capital paraense, território que será vitrine para o mundo.
Um dos destaques da programação é a participação da arquiteta e urbanista Tainá de Paula, atual secretária municipal de Meio Ambiente e Clima do Rio de Janeiro. Reconhecida por sua atuação em políticas ambientais inclusivas e por coordenar projetos como o Guardiãs das Matas, primeira política pública ambiental voltada a mulheres de favelas e periferias; o Guardiões dos Rios, que engaja comunidades locais na conservação hídrica; entre outros.
A partir das 14h, Tainá participa do Painel “Racismo Ambiental e Justiça Social”, ao lado da professora Rita Silvana dos Santos. O painel simboliza um diálogo entre capitais brasileiras que vivem realidades distintas, mas compartilham o desafio em comum de enfrentar os impactos da crise climática com justiça social.
Cartilha
Além das mesas de debate, o seminário terá o lançamento de uma cartilha educativa sobre a COP30, fruto de projeto de extensão da UFPA em parceria com a Itaipu Binacional e a Fundação de Desenvolvimento e Amparo à Pesquisa (Fadesp). O material busca aproximar estudantes, professores e comunidades dos principais temas da conferência, traduzindo conceitos técnicos em linguagem acessível e ressaltando a importância da Amazônia no enfrentamento das mudanças climáticas globais.
O evento ocorre no Centro de Eventos Benedito Nunes e é uma realização do Coleta Mais Belém, Itaipu Binacional, Itaipu Parque Tecnológico (Itaipu Parquetec), Governo Federal, Prefeitura de Belém e Fadesp, com organização da UFPA, da Cabana e do Grupo de Estudos em Educação Ambiental na Amazônia (Geamaz).
Ao todo, a programação inclui, ainda, painéis sobre educação ambiental na educação básica, apresentações culturais e recepção do público com atividades artísticas, reforçando a integração entre conhecimento científico, cultura popular e mobilização social.
Para os organizadores, o seminário é mais que uma preparação para a COP30: é uma oportunidade de projetar soluções amazônidas que dialoguem com experiências bem-sucedidas de outras cidades brasileiras. Tainá de Paula afirma que “a Amazônia não pode ser vista apenas como cenário da COP, mas como protagonista das respostas que o mundo espera”.


