Operações contra o garimpo ilegal na Terra Indígena Kayapó, no Pará, resultaram em um prejuízo aproximado de R$ 17,4 milhões para os garimpeiros na última semana. Essa ação, que envolveu 58 incursões por terra e ar, faz parte da operação do Governo Federal que visa expulsar invasores do território.
A Terra Indígena Kayapó é a segunda mais devastada pelo garimpo ilegal no Brasil, com 18 mil hectares de floresta destruídos. Essa área é mais de quatro vezes maior que a afetada na Terra Yanomami, que registra aproximadamente 4 mil hectares de devastação.
Desde o início de maio, o Governo Federal mantém a operação de desintrusão (retirada de invasores) no território Kayapó. Os mais de 3,2 milhões de hectares da TI estão sob monitoramento aéreo e terrestre das equipes das forças de segurançao. As incursões resultaram na inutilização e destruição de materiais, maquinários e instalações utilizadas pelo garimpo.
Essa iniciativa atende a uma determinação da Justiça brasileira, com o Supremo Tribunal Federal (STF) ordenando o processo de desintrusão. Mais de 20 órgãos compõem a força-tarefa do governo brasileiro, coordenada pela Casa Civil e o Ministério dos Povos Indígenas.
Cesta de alimentos
A Funai e o MPI vão distribuir às famílias Kayapó duas cestas de alimento por mês enquanto durar a operação. As entregas nas comunidades estão sendo feitas desde a última segunda-feira, 19. O objetivo da ação humanitária é garantir segurança alimentar aos povos Kayapó.