Close Menu
Pará Terra BoaPará Terra Boa
  • COP30
  • GENTE DA TERRA
  • ECONOMIA
  • AGRICULTURA
  • MEIO AMBIENTE
  • CULTURA
  • SOBRE
  • CONTATO
Últimas notícias

Desmatamento na Amazônia recua 11% e registra menor taxa em 11 anos

MEIO AMBIENTE

Gestão do fogo ganha destaque na COP30 como solução climática

COP30

Paraense vence prêmio nacional por uso de práticas sustentáveis

MEIO AMBIENTE
Facebook Instagram LinkedIn
1.
  • Desmatamento na Amazônia recua 11% e registra menor taxa em 11 anos
  • Gestão do fogo ganha destaque na COP30 como solução climática
  • Paraense vence prêmio nacional por uso de práticas sustentáveis
  • Mais de 1,3 mil voluntários iniciam treinamento presencial para a COP30
  • Calor extremo já mata mais de meio milhão de pessoas por ano, alertam cientistas
31 de outubro de 2025
Pará Terra BoaPará Terra Boa
Facebook Instagram
  • COP30
  • GENTE DA TERRA
  • ECONOMIA
  • AGRICULTURA
  • MEIO AMBIENTE
  • CULTURA
Pará Terra BoaPará Terra Boa
Home»MEIO AMBIENTE»Afetados por Belo Monte, acari-amarelo e acari-zebra agonizam na beira do rio Xingu
MEIO AMBIENTE 15 de dezembro de 2022

Afetados por Belo Monte, acari-amarelo e acari-zebra agonizam na beira do rio Xingu

WhatsApp Facebook LinkedIn Incorpore mídia (YouTube, Twitter, Flickr etc) diretamente em tópicos e respostas Email
Acari-amarelo. Foto: Leandro Sousa
Compartilhar
WhatsApp Facebook Incorpore mídia (YouTube, Twitter, Flickr etc) diretamente em tópicos e respostas LinkedIn Email

Por Jansen Zuanon, para Sumaúma

Já que estamos na semana da COP da Biodiversidade da ONU, o Pará Terra Boa vai trazer conteúdos produzidos por publicações respeitadas sobre o assunto. O evento ocorre até o dia 19 de dezembro, em Montreal, no Canadá. A seguir, o site Sumaúma apresenta a terceira parte da série ‘Natureza no Planalto’, em que pesquisadores escrevem textos, com função de alerta, ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva:

Eu sou Jansen Zuanon, biólogo especialista em ecologia de peixes amazônicos, e represento aqui o acari-amarelo. Quando jovem, esse peixe chama atenção pelas nadadeiras de borda amarela brilhante e as pintinhas distribuídas pelo corpo.

Ele tem sofrido um verdadeiro extermínio em parte de seu habitat, a região da Volta Grande, no rio Xingu (Pará), onde foi instalada a Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Falo também em nome do acari-zebra, um peixe de listras pretas e brancas que só existe nessa mesma região e sofre risco de extinção. Em nome deles e de outros peixes afetados por Belo Monte, peço que o presidente Lula escute os cientistas, as populações indígenas e os ribeirinhos, para que o habitat adequado para esses não humanes continue existindo e para que projetos destruidores como Belo Monte nunca mais sejam feitos na Amazônia.

A construção da hidrelétrica fez que boa parte das corredeiras do rio, onde esses peixes vivem, fosse inundada de forma permanente pelo reservatório da usina. Nessa área, a água passou a correr com mais lentidão, e com isso sedimentos mais finos, que antes seriam levados pela correnteza, agora se acumulam nas pedras, sufocando as algas e os pequenos animais que servem de alimento para os peixes e soterrando as tocas que lhes servem de casa e local de desova.

A menor velocidade da correnteza também fez a temperatura da água aumentar e o oxigênio diminuir, o que causou um mal terrível aos cascudinhos amarelos. Eles estão acostumados com essa água de corredeira, com bastante oxigênio. Sem ela, adoecem. Em vistoria recente na Volta Grande do Xingu, deparei com um cenário terrível: os acaris-amarelinhos estavam morrendo na beira do rio aos montes, com os olhos e a barriga funda, perdendo dentes, repletos de parasitas e com as nadadeiras apodrecendo. É uma morte por agonia e tortura.

Em outra parte do rio, de onde a água é desviada para as turbinas de Belo Monte, a variação imprevisível no nível da água causa danos extremos aos peixes. O quanto corre de água no rio passou a ser determinado pela torneira e pelas prioridades da usina – e não pelos interesses e necessidades das pessoas humanas e não humanas que habitam a Volta Grande do Xingu.

Quando diminui a demanda por eletricidade, a usina solta, de repente, um monte de água. Quando precisa de mais energia, ao contrário, engole uma enormidade de água do rio. Não há ritmo, não há temporalidade, e esses peixes dependem dessas dicas da natureza, já que evoluíram por milênios em um sistema previsível.

O começo da enchente sinaliza para os peixes que é o momento de se reproduzir, e a continuação da subida alaga os igapós onde eles se alimentam e crescem. Mas agora é um alaga e seca, alaga e seca, e os peixes ficam doidos. Seu Sebastião ​​Bezerra Lima, morador da Ilha do Amor e pesquisador participante do Monitoramento Ambiental Territorial Independente da Volta Grande do Xingu, disse que os peixes estão analfabetos de rio, já não sabem mais como reagir. Eles vivem em uma situação de estresse permanente.

A baixa repentina da água também faz que o acari-zebra, muito procurado pelo mercado ilegal de peixes ornamentais, se torne uma presa fácil. Ele não tem para onde correr e acaba sendo capturado. É levado do Xingu para a fronteira com a Colômbia e, depois, contrabandeado para outros países. As curimatãs e os pacus, espécies muito importantes na região, também estão sofrendo muito. A quantidade de peixes tem diminuído e colocado as populações tradicionais humanas da Volta Grande em risco de insegurança alimentar. Falta peixe no prato e nas feiras das cidades da região.

O rio precisa voltar a pulsar como pulsava antes. Reverter completamente os impactos do desvio das águas para a usina, no momento, não parece ser possível, porque isso significaria parar de desviar a água para as turbinas e deixar de gerar energia.

Mas é possível, sim, diminuir os impactos, fazendo que a divisão da água entre a Volta Grande do Xingu e a hidrelétrica permita que os ciclos naturais de enchente e vazante voltem a acontecer no momento certo, pelo tempo necessário, e que a quantidade de água seja suficiente para alagar as piracemas (locais de desova dos peixes) e os igapós onde eles se alimentam. Isso aumenta as chances de que os peixes continuem existindo, se reproduzindo, vivendo. Temos uma proposta clara de como fazer isso, só é preciso que o governo a escute. Lula, converse com os cientistas e com as populações tradicionais da Volta Grande!

Fonte: Sumaúma

acari-amarelo acari-zebra água Amazônia Belo Monte correnteza enchente peixe Rio Xingu turbina vazante
Compartilhar. WhatsApp Facebook Incorpore mídia (YouTube, Twitter, Flickr etc) diretamente em tópicos e respostas LinkedIn Email
Artigo AnteriorCampanha busca alegrar Natal de crianças de famílias ribeirinhas afetadas por Belo Monte
Próximo Artigo Monitor do Fogo: Pacajá é líder no Pará em destruição ambiental

Você pode gostar também de

MEIO AMBIENTE

Desmatamento na Amazônia recua 11% e registra menor taxa em 11 anos

MEIO AMBIENTE

Paraense vence prêmio nacional por uso de práticas sustentáveis

MEIO AMBIENTE

Calor extremo já mata mais de meio milhão de pessoas por ano, alertam cientistas

MEIO AMBIENTE

PRF apreende mais de 300 m³ de madeira ilegal em seis dias de operação

Busque em nosso site
Previsão do tempo

+32
°
C
+33°
+21°
Altamira (Para)
Domingo, 30
Ver Previsão de 7 Dias

 

+33
°
C
+33°
+20°
Sao Felix do Xingu
Domingo, 30
Ver Previsão de 7 Dias

 

+32
°
C
+32°
+23°
Belém
Domingo, 30
Ver Previsão de 7 Dias

 

Curta Nossas Redes Sociais
  • Facebook
  • Instagram
Acesse nosso WhatsApp
WhatsApp
Envie sua notícia

Quer compartilhar uma notícia ou acontecimento da sua região?

Envie para a nossa redação!

    Publicidade
    Publicidade

    Aqui você encontra notícias boas para a gente boa desta terra boa que é o nosso Pará.

    Siga, comente e compartilhe nossos perfis nas redes sociais.

    Reprodução permitida, mas cite a fonte por favor!

    Facebook Instagram
    ENTRE EM CONTATO

    ANUNCIE NO PARÁ TERRA BOA

    Confira o Mídia Kit e contatos aqui

    ENVIE SUAS IDEIAS

    Queremos conhecer bons exemplos de quem cuida da nossa terra boa! Mande sua história ou de terceiros no WhatsApp para (91) 99187-0544 ou no formulário de contato aqui. 

    LEIA NOSSAS MATÉRIAS
    • COP30
    • GENTE DA TERRA
    • ECONOMIA
    • AGRICULTURA
    • MEIO AMBIENTE
    • CULTURA
    POLÍTICAS DO SITE

    Política de Privacidade

    Política de Cookies 

    © 2025 Pará Terra Boa.
    • SOBRE
    • CONTATO

    Digite acima e pressione Enter para pesquisar. Pressione Esc cancelar.

    Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes. Ao continuar navegando, você concorda com estas condições. Confira a política de utilização de cookies.
    ConfiguraçõesAceitar
    Gerenciar consentimento

    Visão geral da privacidade

    Este site usa cookies para melhorar a sua experiência enquanto navega pelo site. Destes, os cookies que são categorizados como necessários são armazenados no seu navegador, pois são essenciais para o funcionamento das funcionalidades básicas do site. Também usamos cookies de terceiros que nos ajudam a analisar e entender como você usa este site. Esses cookies serão armazenados em seu navegador apenas com o seu consentimento. Você também tem a opção de cancelar esses cookies. Porém, a desativação de alguns desses cookies pode afetar sua experiência de navegação.
    Funcional
    Os cookies funcionais ajudam a realizar certas funcionalidades, como compartilhar o conteúdo do site em plataformas de mídia social, coletar feedbacks e outros recursos de terceiros.
    Performance
    Os cookies de desempenho são usados para entender e analisar os principais índices de desempenho do site, o que ajuda a fornecer uma melhor experiência do usuário para os visitantes.
    Analytics
    Cookies analíticos são usados para entender como os visitantes interagem com o site. Esses cookies ajudam a fornecer informações sobre as métricas do número de visitantes, taxa de rejeição, origem do tráfego, etc.
    Propaganda
    Os cookies de publicidade são usados para fornecer aos visitantes anúncios e campanhas de marketing relevantes. Esses cookies rastreiam visitantes em sites e coletam informações para fornecer anúncios personalizados.
    Outros
    Outros cookies não categorizados são aqueles que estão sendo analisados e ainda não foram classificados em uma categoria.
    Necessário
    Os cookies necessários são absolutamente essenciais para o funcionamento adequado do site. Esses cookies garantem funcionalidades básicas e recursos de segurança do site, de forma anônima.
    açaí
    tarifaço
    economia
    prejuízo
    destaque
    SALVAR E ACEITAR