Close Menu
Pará Terra BoaPará Terra Boa
  • COP30
  • GENTE DA TERRA
  • ECONOMIA
  • AGRICULTURA
  • MEIO AMBIENTE
  • CULTURA
  • SOBRE
  • CONTATO
Últimas notícias

Campanha cobra financiamento direto a comunidades que cuidam da floresta

MEIO AMBIENTE

Financiamento climático é insuficiente para conter emissões em alta, alerta relatório da ONU

COP30

Desmatamento na Amazônia recua 11% e registra menor taxa em 11 anos

MEIO AMBIENTE
Facebook Instagram LinkedIn
1.
  • Campanha cobra financiamento direto a comunidades que cuidam da floresta
  • Financiamento climático é insuficiente para conter emissões em alta, alerta relatório da ONU
  • Desmatamento na Amazônia recua 11% e registra menor taxa em 11 anos
  • Gestão do fogo ganha destaque na COP30 como solução climática
  • Paraense vence prêmio nacional por uso de práticas sustentáveis
31 de outubro de 2025
Pará Terra BoaPará Terra Boa
Facebook Instagram
  • COP30
  • GENTE DA TERRA
  • ECONOMIA
  • AGRICULTURA
  • MEIO AMBIENTE
  • CULTURA
Pará Terra BoaPará Terra Boa
Home»ECONOMIA»Setor público pinga recursos para bioeconomia, enquanto jorra para atividades que desmatam
ECONOMIA 27 de outubro de 2022

Setor público pinga recursos para bioeconomia, enquanto jorra para atividades que desmatam

WhatsApp Facebook LinkedIn Incorpore mídia (YouTube, Twitter, Flickr etc) diretamente em tópicos e respostas Email
Foto: Renata Kelly da Silva/Embrapa
Compartilhar
WhatsApp Facebook Incorpore mídia (YouTube, Twitter, Flickr etc) diretamente em tópicos e respostas LinkedIn Email

Como destravar a bioeconomia na Amazônia? Esta pergunta orienta uma série de estudos desenvolvidos pelo Instituto Escolhas nos últimos anos. Aprimoramento de marcos legais e investimentos em capacitação, infraestrutura, assistência técnica, ciência e tecnologia são algumas das “travas” ou “gargalos” identificados para que a bioeconomia alcance a devida posição de força econômica da região. A superação de todos esses desafios encontra, por sua vez, um gargalo em comum: o baixo aporte de recursos financeiros.

Estudo do Instituto Escolhas faz um levantamento dos recursos oferecidos pelas políticas públicas federais e estaduais que podem vir a ser utilizados para fomentar a bioeconomia na Amazônia, tomando como exemplo os estados do Pará e do Maranhão. Optou-se por analisar as políticas públicas mais relevantes, que movimentam regularmente elevado montante de recursos.

O estudo evidencia como tais fontes de recursos apoiam largamente a agropecuária, atividade diretamente associada ao desmatamento da Amazônia. Em 2020, 62% das emissões de CO2e do Maranhão e 85% das emissões do Pará foram causadas por mudanças no uso da terra, em sua maior parte decorrentes do desmatamento na Amazônia e no Cerrado.

Entre 1990 e 2021, 5 milhões e 15,9 milhões de hectares de vegetação nativa, respectivamente no Maranhão e no Pará, foram derrubadas para o uso agropecuário. Apesar disso, recursos foram liberados para os empreendimentos do setor sem regras claras de atendimento a condicionantes ambientais e sem a avaliação de seus resultados.

Infraestrutura

O setor de infraestrutura, em especial o de energia, como não poderia deixar de ser, também recebe grande parte dos recursos mapeados. Entretanto, é importante lembrar que a região amazônica ainda sofre com o baixo acesso à eletricidade, a dependência de combustíveis poluentes e a escassez de outras infraestruturas essenciais, como mobilidade e saneamento básico. Ou seja, o investimento público em infraestrutura não tem sido direcionado para melhorar a vida da população local.

Por outro lado, os megaprojetos financiados com recursos públicos produzem impactos socioambientais desastrosos, não equacionados pelo planejamento público e suas avaliações de riscos. O que aconteceria se todo esse investimento fosse destinado à infraestrutura necessária para o desenvolvimento da bioeconomia, que pede uma logística descentralizada e ancorada em cadeias produtivas mais sustentáveis, inovadoras e inclusivas?

Fundo

Os Fundos Constitucionais de Financiamento do Norte (FNO) e do Nordeste (FNE) contam com uma fonte considerável, segura e estável de recursos com previsão constitucional: 3% da receita do Imposto de Renda e de produtos industrializados. Desses recursos, 60% são destinados ao FNE, 20% ao FNO e 20% ao Fundo do Centro-Oeste (FCO). Em 2020, essas transferências da União chegaram a quase R$ 13 bilhões.

O Pará é usualmente o estado mais beneficiado com os recursos do FNO. Dentre os setores que se destacam, estão a agropecuária, infraestrutura e comércio e serviços.

Do total de R$ 10,5 bilhões, R$ 4,8 bilhões foram para a agropecuária (FNO Pronaf e Amazônia Sustentável), seguida pelos setores de infraestrutura (R$ 3,5 bilhões) e comércio e serviços (R$ 1,8 bilhão). No Pará, a agropecuária acessou R$ 1,7 bilhão, representando 41% do total dos recursos do FNO de contratos no Estado. O FNO ABC Pronaf, destinado a apoiar a agricultura de baixo carbono, só contratou R$ 15 milhões em 2020. Nenhuma das contratações do programa foi realizada no Pará.

As prioridades definidas em 2020 para a utilização dos recursos do FNO foram os municípios de rendas baixa ou média, que receberam R$ 7,9 bilhões do total de R$ 10,5 bilhões contratados, bem como os municípios na faixa de fronteira da região Norte, para onde foram destinados R$ 2,7 bilhões do total. Amapá e Roraima também foram considerados prioridades, mas receberam apenas 7,9% do total.

O Pará foi contemplado com R$ 4,1 bilhões, 39% do total, percentual condizente com seu peso no PIB da região Norte, que chegou a 41,6% em 2018. O FNO possui R$ 33,8 bilhões em ativos, segundo o balanço relativo a 2020.

Com relação ao Fundo de Desenvolvimento da Amazônia (FDA), de acordo com relatório do Banco da Amazônia S.A. (BASA), ele terminou 2020 com R$ 4,7 bilhões em ativos. As atividades apoiadas são, predominantemente, no setor de energia. Em 2020 e 2021, foram R$ 1,5 bilhão para transmissão, R$ 1 bilhão para hidrelétricas e R$ 548,8 milhões para termelétricas. O relatório de gestão dos recursos do FDA apresentado pelo Banco do Brasil, por sua vez, só registra um saldo de operações de R$ 627 milhões com a Equatorial Energia S.A, dos quais R$ 364,5 milhões foram liberados em 2020. São, na verdade, duas sociedades de propósitos específicos, cada qual relativa a uma linha de transmissão de energia, ambas no Pará.

BNDES

O setor que mais recebeu recurso do BNDES foi o da infraestrutura, mais especificamente energia elétrica, subsetor que recebeu, respectivamente, 34% e 67% no Maranhão e no Pará.

No Pará, foram 1.590 operações em 2020. Três operações envolveram valores expressivos. A primeira, de R$ 583 milhões, destinou-se à transmissão de energia elétrica. As outras duas, dirigidas à distribuição de energia elétrica, representam um valor de R$ 220 milhões cada, em atividades localizadas em Belém.

Conforme o estudo 25,6% do total dos recursos oferecidos pelo BNDES em 2020 foram destinados à agropecuária. no Pará, 16% (R$ 239,9 milhões) dos recursos recebidos do BNDES foram para o setor agropecuário. Desse valor, 52% (R$ 124,5 milhões) foram concedidos no âmbito do programa Moderfrota e somente 16% (R$ 38,4 milhões) no âmbito do programa ABC.

Conclusão

Os números mostram um vultoso volume de recursos sendo destinados a atividades comprovadamente relacionadas à degradação ambiental, como a agropecuária, especialmente na Amazônia. As informações oferecidas pelos fundos e bancos públicos não permitem saber em que medida os critérios ambientais são levados em conta na hora de liberar um financiamento.

Não há transparência quanto à avaliação dos riscos de impactos socioambientais associados às contratações. Em relação às escolhas dos governos sobre os gastos orçamentários e tributários, há ainda menos transparência. Assim, continuamos financiando o desmatamento e a degradação ambiental com recursos públicos.

É preciso mudar a direção dos investimentos não só para impulsionar, efetivamente, o desenvolvimento da economia da floresta em pé com geração de renda local, como também para estancar o financiamento do desmatamento. Até porque é injusto acreditar que a bioeconomia vai se levantar por si só, sem receber os pesados investimentos que os demais setores da economia brasileira receberam ao longo dos anos. A história econômica do Brasil mostra que, do agronegócio até a indústria automobilística, todos precisaram de investimentos públicos para acontecer.

Fonte: Instituto Escolhas

Amazônia bancos BASA bioeconomia desmatamento FDA FNO Instituto Escolhas recursos
Compartilhar. WhatsApp Facebook Incorpore mídia (YouTube, Twitter, Flickr etc) diretamente em tópicos e respostas LinkedIn Email
Artigo AnteriorAgricultura triplica área de cultivo em 37 anos
Próximo Artigo Pará tem vias com pontos de bloqueios após derrota de Bolsonaro

Você pode gostar também de

MEIO AMBIENTE

Desmatamento na Amazônia recua 11% e registra menor taxa em 11 anos

ECONOMIA

Paraenses são destaque no maior evento de chocolate e cacau da Europa

MEIO AMBIENTE

Pará tem potencial de gerar US$ 292 bilhões ao ano com reversão do desmatamento

MEIO AMBIENTE

Desmatamento coloca captura de carbono na Amazônia em risco, diz estudo

Busque em nosso site
Previsão do tempo

+32
°
C
+33°
+21°
Altamira (Para)
Domingo, 30
Ver Previsão de 7 Dias

 

+33
°
C
+33°
+20°
Sao Felix do Xingu
Domingo, 30
Ver Previsão de 7 Dias

 

+32
°
C
+32°
+23°
Belém
Domingo, 30
Ver Previsão de 7 Dias

 

Curta Nossas Redes Sociais
  • Facebook
  • Instagram
Acesse nosso WhatsApp
WhatsApp
Envie sua notícia

Quer compartilhar uma notícia ou acontecimento da sua região?

Envie para a nossa redação!

    Publicidade
    Publicidade

    Aqui você encontra notícias boas para a gente boa desta terra boa que é o nosso Pará.

    Siga, comente e compartilhe nossos perfis nas redes sociais.

    Reprodução permitida, mas cite a fonte por favor!

    Facebook Instagram
    ENTRE EM CONTATO

    ANUNCIE NO PARÁ TERRA BOA

    Confira o Mídia Kit e contatos aqui

    ENVIE SUAS IDEIAS

    Queremos conhecer bons exemplos de quem cuida da nossa terra boa! Mande sua história ou de terceiros no WhatsApp para (91) 99187-0544 ou no formulário de contato aqui. 

    LEIA NOSSAS MATÉRIAS
    • COP30
    • GENTE DA TERRA
    • ECONOMIA
    • AGRICULTURA
    • MEIO AMBIENTE
    • CULTURA
    POLÍTICAS DO SITE

    Política de Privacidade

    Política de Cookies 

    © 2025 Pará Terra Boa.
    • SOBRE
    • CONTATO

    Digite acima e pressione Enter para pesquisar. Pressione Esc cancelar.

    Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes. Ao continuar navegando, você concorda com estas condições. Confira a política de utilização de cookies.
    ConfiguraçõesAceitar
    Gerenciar consentimento

    Visão geral da privacidade

    Este site usa cookies para melhorar a sua experiência enquanto navega pelo site. Destes, os cookies que são categorizados como necessários são armazenados no seu navegador, pois são essenciais para o funcionamento das funcionalidades básicas do site. Também usamos cookies de terceiros que nos ajudam a analisar e entender como você usa este site. Esses cookies serão armazenados em seu navegador apenas com o seu consentimento. Você também tem a opção de cancelar esses cookies. Porém, a desativação de alguns desses cookies pode afetar sua experiência de navegação.
    Funcional
    Os cookies funcionais ajudam a realizar certas funcionalidades, como compartilhar o conteúdo do site em plataformas de mídia social, coletar feedbacks e outros recursos de terceiros.
    Performance
    Os cookies de desempenho são usados para entender e analisar os principais índices de desempenho do site, o que ajuda a fornecer uma melhor experiência do usuário para os visitantes.
    Analytics
    Cookies analíticos são usados para entender como os visitantes interagem com o site. Esses cookies ajudam a fornecer informações sobre as métricas do número de visitantes, taxa de rejeição, origem do tráfego, etc.
    Propaganda
    Os cookies de publicidade são usados para fornecer aos visitantes anúncios e campanhas de marketing relevantes. Esses cookies rastreiam visitantes em sites e coletam informações para fornecer anúncios personalizados.
    Outros
    Outros cookies não categorizados são aqueles que estão sendo analisados e ainda não foram classificados em uma categoria.
    Necessário
    Os cookies necessários são absolutamente essenciais para o funcionamento adequado do site. Esses cookies garantem funcionalidades básicas e recursos de segurança do site, de forma anônima.
    açaí
    tarifaço
    economia
    prejuízo
    destaque
    SALVAR E ACEITAR